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Força defensiva é a marca do trabalho Umberto Louzer, mas ele avisa que prioriza o equilíbrio
Técnico do CRB chamou atenção pelo trabalho que fez na Chape: 21 gols sofridos em 38 jogos
O técnico Umberto Louzer, contratado pelo CRB, ganhou destaque no futebol brasileiro em 2020. Ele desenvolveu um sistema defensivo muito forte na Chapecoense, pressionando quem estivesse com a bola e tirando a possibilidade de passe curto, seja em bloco alto, médio ou baixo. Assim, induzia o outro time ao erro e o seu ataque já estava mais perto do gol.
Quando o adversário passava pela marcação inicial ou encontrava espaço do outro lado, com uma virada de jogo, imediatamente, aquela Chape baixava um bloco. Se estivesse no alto, iria para o médio. Se estivesse no médio, iria para o baixo, com o objetivo de manter o grau de dificuldade do adversário para sair dessa marcação.
A proposta era levar o oponente ao duelo direto com os jogadores da Chape, que tinham muita qualidade nesse quesito, muita pegada. O resultado foi o título brasileiro, o acesso e um número histórico em 2020: esse time sofreu apenas 21 gols sofridos em 38 jogos.
Hoje no CRB, Umberto Louzer falou sobre sua ideia de jogo, mas disse que não se preocupa apenas com a defesa, a palavra escolhida por ele foi outra.
"Minha prioridade é sempre o equilíbrio. A gente não pode negligenciar nenhuma fase do jogo. Futebol é um jogo, óbvio, de ataque e defesa. Tem as suas transições, defensiva e ofensiva, e tem a questão da bola parada. A gente trabalha em todas essas vertentes. Por isso que a pré-temporada é importante para colocar as ideias principais. Trabalho muito com 70% em função daquilo que acredito, e 30% a gente deixa para ajustes para enfrentar os nossos oponentes, seja de ordem ofensiva ou defensiva."
O técnico comentou sobre o desempenho defensivo incomum da Chapecoense, mas lembrou que a estratégia depende do elenco que tem à disposição, do potencial da equipe.
"A Chape, lógico, que chama atenção porque no histórico aí foi a melhor defesas em várias temporadas aí (na Série B). Era é uma equipe muito sólida, mas era uma equipe muito agressiva também. Infelizmente, muitos jogos a gente ganhou somente de 1 a 0, mas, se não fizer uma análise rasa, você vê o tanto que a equipe produziu. O time tinha em média 14, 15 finalizações jogo, como no Juventude agora", explicou Louzer, e continuou:
"No Coritiba, a gente propôs um pouco mais, até porque era uma equipe de poder de investimento muito alto na competição. Gosto de atacar, os atletas que já trabalharam comigo sabem do tanto de ênfase que dou na parte ofensiva também, mas não posso negligenciar nenhum setor. Acredito muito no equilíbrio. Claro que, se você se defender bem, está mais próximo de conseguir um resultado de vitória, porque essa equipe do CRB irá construir, irá criar mecanismos para gerar desequilíbrio no adversário e conseguir o maior número possível de finalizações."
Esquema tático
Neste ano, quando chegou ao Juventude, Louzer falou sobre o esquema tático que prefere trabalhar.
"Eu gosto de utilizar um 4-4-2 no momento defensivo. Até por ser um esquema de fácil adaptação para defender, podendo até mesmo se transformar em uma linha de cinco com a presença de um volante. Já para atacar, normalmente, opto por um 4-3-3, por acreditar que essa formatação possibilita as conexões ??? explicou o treinador, que também usou o 3-5-2 em alguns jogos do time gaúcho na Série A."
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