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Jurados condenam réu a 25 anos de reclusão por feminicídio

Pena deverá ser cumprida em regime inicialmente fechado; crime ocorreu em 2020, no bairro Clima Bom, na Capital

O Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri de Maceió condenou José Firmino da Silva a 25 anos de reclusão pela morte de Maísa Ariane Alves da Silva, com quem teve um relacionamento. O julgamento ocorreu nessa terça-feira (31/1), no Fórum da Capital.

Os jurados rejeitaram a tese da defesa, de negativa de autoria, e condenaram o réu por homicídio qualificado (motivo torpe, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio).

O julgamento foi conduzido pelo juiz Yulli Roter, titular da 7ª Vara Criminal de Maceió. De acordo com o magistrado, o réu era ciumento e possessivo e teve vários embates com a vítima.

"Buscando um álibi para a sua conduta pré-determinada, arremessou, sem justificativa, um copo de cerveja na vítima, no intuito que revidasse a agressão. Após a vítima ter se defendido deste fato, buscou arma de fogo em sua oficina e desferiu diversos disparos de arma de fogo naquela, consumando a sua intenção", destacou o juiz, que condenou o réu a pagar R$ 10 mil de indenização aos herdeiros de Maísa Alves.

"No crime de homicídio, os familiares são privados do convívio com a vítima, sendo presumida que essa ausência traz dano psicológico mínimo, que autoriza a fixação de indenização em decorrência deste abalo", explicou o magistrado.

A pena deverá ser cumprida em regime inicialmente fechado, mas o réu poderá apelar em liberdade, já que o Ministério Público não solicitou a prisão preventiva. O crime ocorreu em dezembro de 2020, no bairro Clima Bom, parte alta de Maceió. 

Matéria referente ao processo nº 0700719-05.2020.8.02.0067

*Com TJAL