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Reprodução simulada investiga morte de menino de 10 anos no interior de AL

Fato aconteceu em Agosto de 2021 e foi tratado inicialmente como suicídio

A morte suspeita de uma criança de apenas 10 anos na cidade Quebrangulo levou a Polícia Científica de Alagoas a retornar ao local do achado cadavérico após dois anos. A pedido do Ministério Público Estadual e do 69º Distrito Policial, uma equipe do Instituto de Criminalística realizou uma reprodução simulada sobre o caso no sítio Impueira que fica na zona rural do município.

Coordenada pelo perito criminal Carlos Robério, a reprodução simulada contou com a participação dos peritos criminais Camila Valença, Clisney Omena, Marcos Aurélio e do motorista do órgão José Cabral. Em um trabalho integrado, os peritos percorreram a área do local do fato, reconstituíram o caso com base nas versões, afim de identificaram os pontos de interesse pericial, materializando o fato conforme exposição dos intimados.

O fato investigado aconteceu no dia 10 de agosto de 2021, quando a Polícia Militar recebeu um chamado por volta das 08 horas da manhã de um possível suicídio. Na época, familiares da vítima, um menino de apenas 10 anos, informaram que sentiram a falta do menino, e a mãe, após uma breve procura no terreno do sítio, encontrou o filho enforcado em um galpão onde funciona a vacaria do sítio.

Ainda no relato, familiares disseram que retiraram a vítima do local e tentaram fazer uma reanimação, mas sem êxito. Em seguida, um vizinho acompanhado pela mãe levou a criança para a casa sede do sítio que fica há uns 27 metros do galpão, onde a vítima foi levada para um dos quartos, descaracterizando a cena, mesmo assim, no dia da morte, o perito criminal Carlos Robério realizou os levantamentos nos dois locais dos fatos que subsidiaram o primeiro laudo.

Ainda que sendo um suposto suicídio, juridicamente, se faz necessário a instauração do inquérito policial. Mas, como durante as investigações surgiram dúvidas, principalmente em relação ao material usado pela criança para o enforcamento, o Ministério Público solicitou do delegado Oldemburgo Paranhos, presidente do inquérito, a reprodução simulada do caso.

???A principal suspeita foi em relação as cordas encontradas no local, para avaliar se esse tipo de material daria eficácia para que a criança conseguisse utilizar para auto-eliminação por asfixia mecânica. Além disso, a reprodução simulada, serviu para dirimir dúvidas e esclarecer o fato???, explicou o perito Carlos Robério.

As versões foram verificadas no local pelos peritos criminais designados e serão analisadas para as devidas fundamentações técnicas e esclarecimentos, que irão subsidiar o laudo pericial referente a reprodução simulada. Os materiais coletados na primeira perícia estão custodiados no Instituto de Criminalística de Alagoas e os peritos criminais designados elaborarão o laudo pericial pertinente, cuja a entrega está prevista para trinta dias, salvo necessidade de prorrogação de prazo para novas diligencias periciais.

Representantes do Ministério Público e do 69º Distrito Policial acompanharam a reprodução simulada, que contou também com o apoio da Polícia Militar.