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Vereador fala em ???dar pisa boa??? em mulher trans que usar banheiro feminino

Pronunciamento foi feito durante sessão na Câmara Municipal de Coruripe

Durante sessão da Câmara Municipal, o vereador Franciney Joaquim, do MDB, se pronunciou sobre um caso ocorrido em Coruripe quando uma mulher trans foi impedida de usar o banheiro público feminino de uma das praças da cidade do interior de Alagoas.

O parlamentar defendeu que mulheres trens devem "sofrer uma coça" caso tentem usar banheiros femininos. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), incitar a discriminação em razão da orientação sexual da pessoa poderá ser equiparado a crime de racismo.

"Se eu estiver em uma praça com as minhas filhas e algum 'cabra' desse quiser entrar lá [no banheiro feminino], vai ser difícil ele sair sem a gente ter um entendimento. Além dele sofrer uma coça, porque a minha opinião é que ele sofra uma pisa boa, ele ainda vai para o rigor da lei por importunação sexuaSe uma pessoa estiver lá dentro, menor de 14 anos, vai ser acusado de estupro de vulnerável", afirmou o vereador.

Em seu perfil nas redes sociais, o vereador repostou várias vezes o trecho do vídeo em que aparece falando sobre o uso do banheiro feminino por mulheres trans. Durante seu pronunciamento, nenhum outro parlamentar presente à sessão questiona a sua fala.

"Seja na escola, seja no hospital, seja no posto de saúde, seja na praça, banheiro feminino é para mulheres biologicamente femininas e banheiro masculino é para homens biologicamente masculinos. E aqui não tem homofobia nem transfobia. Aqui tem respeito à família", defendeu Franciney.

"Não passará por essa Casa, sob a minha rege, nenhuma lei, nenhuma indicação, de que pessoas que só porque dizem que são de um sexo, usem um banheiro diferente do que ele é, biologicamente falando. Eu não estou aqui para agradar ninguém, eu estou aqui para defender os meus princípios cristãos e pessoais, defender a família, a ética, a moral e o bom costume", finalizou o vereador.

O que diz o vereador

Sobre a fala, Franciney nega ter sido transfóbica e enfatiza estar defendendo a família. "Não se trata de transfobia, sou defensor dos direitos LGBT. Trata-se de princípios, de respeito à família, a moral e os bons costumes. Pode ter existido excesso nas minhas palavras, mas reafirmo minha opinião e meu posicionamento".