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Mãe é impedida de assistir aula com filha autista em faculdade de Maceió

Na manhã dessa sexta-feira (2), Paula Gardel compartilhou a história nas redes sociais

Uma estudante denunciou ter sido impedida de assistir às aulas na Faculdade de Negócios (FAN), no bairro do Jaraguá, em Maceió, por estar acompanhada da filha que tem transtorno do espectro autista (TEA), síndrome de Down e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Na manhã dessa sexta-feira (2/6), Paula Gardel compartilhou a história nas redes sociais, relatando que a coordenação disse que a instituição não tem estrutura para receber a menina e que não iria se responsabilizar se algo acontecesse.

"Na segunda-feira (29/5), a menina do acadêmico me chamou para dizer que não daria mais para levar minha filha", disse a estudante, ressaltando que costumava levar a criança nas aulas desde o início de 2023 e nunca houve nenhum problema. 

Mesmo Paula dizendo que não tinha condições de pagar um cuidador para a filha, a faculdade insistiu para que ela desse um jeito e que daria um prazo para que a estudante se organizasse. Na quinta (1), ao chegar na instituição, ela foi abordada pelo porteiro e direcionada para o acadêmico.

"Quando cheguei na sala de aula, conversei com meu colegas sobre o que estava acontecendo e recebi o apoio deles", contou. Uma advogada consultada pela estudante explicou que a faculdade não pode impedir que a genitora leve a filha para a faculdade.

"De fato, a faculdade não pode impedir, tem até Projeto de Lei em relação a isso. Porque assim, a relação de faculdade com o aluno é uma relação de consumo, é aplicado o direito do consumidor, ela tem que fazer uma reclamação no Procon, caso ela não consiga solucionar o problema com a instituição", pontuou a advogada.