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PF apreende documentos com valores e nome 'Arthur' em endereços de ex-assessor de Lira
Anotações foram encontradas em endereços de Luciano Cavalcante, alvo de buscas na operação Hefesto, que apura desvios em compra de kits de robótica. Após identificação do material, PF decidiu enviar caso para o STF
A Polícia Federal realizou a Operação Hefesto para investigar fraudes na compra de kits de robótica para escolas em municípios de Alagoas. Durante a ação, foram apreendidos documentos e anotações relacionados ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A informação foi divulgada pela Revista "Piauí", "Folha de São Paulo" e TV Globo.
Os documentos apreendidos indicam pagamentos e valores relacionados a Arthur Lira. As anotações, encontradas com um motorista identificado como Wanderson Ribeiro Josino de Jesus, fazem referência a transações financeiras entre abril e maio, somando R$ 265 mil, sendo que a lista completa de transações totaliza R$ 496 mil.
Diante da possibilidade de envolvimento de políticos com foro privilegiado, a Polícia Federal decidiu encaminhar o caso para o Supremo Tribunal Federal. O presidente da Câmara, Arthur Lira, não é investigado no caso.
A PF concluiu que o material apreendido corrobora a hipótese de atuação dos investigados nos crimes de lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. No relatório, a PF destaca a quantidade de dinheiro em espécie encontrada com o motorista Wanderson, assim como anotações de pagamentos também em espécie, o que indica indícios de prática de lavagem de dinheiro.
Além disso, a polícia identificou que Wanderson seria um "laranja" consciente de Luciano Cavalcante, ex-assessor de Arthur Lira, e Glaucia Maria de Vasconcelos. Foram encontrados indícios de uma divisão de tarefas para a prática de lavagem de dinheiro.
Durante a operação, também foram apreendidas duas agendas com manuscritos e documentos relacionados a Arthur Lira na casa de Luciano Cavalcante, além de correspondências destinadas ao presidente da Câmara.
A Operação Hefesto teve início em 2022, após denúncias de fraudes na compra de kits de robótica. A PF estima que o grupo responsável pelas supostas fraudes desviou R$ 8,1 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) entre 2019 e 2022.
A ação resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão em diversos estados, incluindo Alagoas e o Distrito Federal. Luciano Cavalcante foi exonerado do cargo de assessor na liderança do PP após a operação.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, ressaltou que cada um é responsável por seus atos e que aguardará a investigação dos fatos.
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