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Nikolas Ferreira expõe tuítes antigos de Flávio Dino questionando a segurança das urnas eletrônicas

As publicações, que datam de 2009, 2012 e 2013, repercutiram intensamente, levantando discussões sobre o sistema eleitoral brasileiro

Nesta segunda-feira (3/7), as redes sociais foram tomadas por debates acalorados após o deputado Nikolas Ferreira (PL) trazer à tona tuítes antigos do atual Ministro da Justiça, Flávio Dino, nos quais ele questiona a segurança das urnas eletrônicas. As publicações, que datam de 2009, 2012 e 2013, repercutiram intensamente, levantando discussões sobre o sistema eleitoral brasileiro.

No Twitter, o deputado recebeu prints das postagens do ministro e expressou sua preocupação com as decisões tomadas por Flávio. "Então quer dizer que o Ministro da Justiça do Lula não somente questionou, mas afirmou que o resultado das urnas é facilmente alterado? O que será que o @TSEjusbr acha disso?", questionou o Nikolas.


Em 2010, o ministro da Justiça foi candidato à eleição para governador do Maranhão pelo PCdoB e acabou derrotado no primeiro turno por Roseana Sarney, então do PMDB, que obteve 50,08% dos votos, o percentual mínimo para evitar um segundo turno. O resultado das eleições gerou controvérsias na época, e agora o passado eleitoral do Ministro voltou a ser objeto de debate.

Enquanto deputado federal, Flávio Dino também foi relator da "Reforma Política", aprovada pelo Congresso em 2009, que previa a implementação do voto impresso nas eleições a partir de 2014. No entanto, esse projeto foi derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro de 2013, após reclamação do Ministério Público, que alegava preocupação com o comprometimento do sigilo do voto.

A proposta de voto impresso na época foi criticada por diversas autoridades, incluindo o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em uma entrevista à Folha de São Paulo, em 14 de julho de 2009, Flávio Dino argumentou que a crítica do tribunal ocorria devido ao medo de "perder poder" em uma "disputa" com o Congresso.

"Há uma natural disputa de poder entre o Congresso e o TSE, um certo atrito entre as instituições que procuram regulamentar o processo. Quando a Câmara fixou diretrizes para que a Lei Eleitoral fosse especificada, para diminuir as competências do TSE, é natural que isso seja lido como perda de poder. Tive o agigantamento das competências do Judiciário, o que gera um deslocamento do Congresso do centro das decisões. Quando o Congresso exercita essas competências, gera do outro lado a sensação de que perdeu espaço",