Após um julgamento que se estendeu durante toda esta terça-feira (25/7), o réu Fernando Henrique da Andrade Olegário foi condenado a 34 anos e nove meses de reclusão em regime fechado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, fraude processual, comunicação falsa de crime e corrupção de menores.

A acusação, sustentada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), resultou na condenação do réu pela morte do menino Márcio Kauã Ferreira Acioli. A atuação do MPAL foi conduzida pelo promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, da 49ª Promotoria de Justiça da capital.

???Sustentamos  a tese de homicídio triplamente qualificado por motivos fútil, perigo comum e que impossibilitou a defesa da vítima, além de fraude processual, comunicação falsa de crime e corrupção de menores, e conseguimos convencer o conselho de sentença da prática de todos os ilícitos penais. Foi uma pena justa???, afirmou Vilas Boas.

O réu Fernando Henrique da Andrade Olegário teve sua prisão preventiva mantida e também foi condenado a pagar uma multa no valor de R$ 7 mil.

O Caso

O crime chocou a população de Maceió. O pequeno Márcio Kauã Ferreira Acioli, de apenas 2 anos, foi assassinado em 18 de abril do ano passado, no bairro Benedito Bentes, na parte alta da cidade.

O corpo da criança só foi encontrado 10 dias depois, em 28 de abril, em uma área de mata na mesma região onde ela havia desaparecido. Na ocasião do resgate, o cadáver já se encontrava em avançado estado de decomposição.

O casal responsável por cuidar de Kauã, Fernando Henrique da Andrade Olegário e sua namorada, confessou o crime. O réu admitiu que agrediu a vítima, alegando que o garoto estaria "aperreando". Durante as agressões, a criança teria caído e batido com a cabeça, resultando em seu falecimento.