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Prefeituras alagoanas paralisam atividades em protesto contra redução do FPM

Cerca de 51% dos municípios estão passando por dificuldades financeiras, conforme informado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que apoia o movimento atual.

Nesta quarta-feira (30/8), as prefeituras alagoanas e de outros estados estão paralisadas como parte de uma mobilização coordenada pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). Essa ação é uma resposta às frequentes quedas nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A Confederação Nacional de Municípios (CNM), apoiadora desse movimento, revela que 51% dos municípios enfrentam desafios financeiros, especialmente devido à redução de 23,54% no FPM em agosto e atrasos em outras transferências, como os royalties de minerais e petróleo.

A iniciativa, intitulada ???Sem FPM não dá. Dia 30 vamos parar!???, resultará no fechamento das atividades administrativas das prefeituras. A AMA instrui os gestores a manterem em funcionamento os serviços essenciais à população, incluindo saúde, educação, assistência social, controle de tráfego, segurança e limpeza urbana.

Hugo Wanderley, presidente da AMA, destacou que a mobilização se faz necessária para alertar ao Governo Federal que as gestões municipais estão sofrendo com o baixo consumo da população, gerando uma queda na arrecadação, afetando diretamente as finanças das cidades. 

???Os municípios estão sofrendo, um quadro deficitário e as contas no vermelho, o FPM é a principal fonte de financiamento das gestões, que possuem grandes responsabilidades com a população e que não podem retroceder e deixar de prestar assistência necessária a quem precisa. ?? necessário defender a pauta desta mobilização nacional que luta contra a queda de arrecadação???, afirmou Wanderley.

De acordo com Hugo Wanderley, para as cidades menores, o FPM representa a principal fonte de receita municipal, contribuindo para cobrir despesas obrigatórias como a folha de pagamento dos funcionários públicos e os pagamentos da Previdência. As reduções nos repasses dificultam a gestão das finanças e a realização de projetos e iniciativas em prol da população. Essa situação se agravou ainda mais devido à falta de repasses de recursos provenientes de emendas parlamentares, alocados pelo Governo Federal.