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Ex-militar vai a julgamento por sequestro, homicídio e tentativa de homicídio contra casal

Ele é acusado de matar Maria Aparecida Pereira e tentar assassinar o namorado dela, Agnísio dos Santos Souto.

O ex-policial militar Josevildo Valentim dos Santos Júnior vai a julgamento nesta quinta-feira (16/11), a partir das 9h, no Fórum Jairon Maia Fernandes, no Barro duro, em Maceió. Ele é acusado de matar Maria Aparecida Pereira e tentar assassinar o namorado dela, Agnísio dos Santos Souto.

O promotor de Justiça Antônio Vilas Boas será o representante ministerial e pedirá pena máxima por homicídio triplamente qualificado. Passados três anos, a primeira tentativa de julgamento ocorreu no dia 13 de julho de 2023, no entanto, o júri popular foi suspenso visto o abandono processual do advogado de defesa de Josevildo Valentim.

???O Ministério Público está preparado para apontar a crueldade promovida pelo réu, crimes cometidos com frieza, gerando sofrimento às vítimas antes de decidir matá-las. Sequestrou o casal que estava na porta de casa, levou para uma mata, estuprou a moça enquanto o namorado estava no porta-malas do seu carro, retirou-o e com o propósito de causar-lhe dor, matou a namorada na sua frente. Depois efetuou dois disparos na direção do rapaz que, por sorte, sobreviveu e narrou toda a barbárie. Sustentaremos nosso pedido para que seja condenado por homicídio triplamente qualificado contra a mulher, por motivos torpe, meio cruel e que dificultou a defesa da vítima e com o agravante de feminicídio pois precisamos dar uma resposta à sociedade e mostrar que criminosos não podem ficar impunes. Acreditamos que a justiça será feita???, declara o promotor Vilas Boas.

Segundo o MP, o crime ocorreu em 13 de julho de 2019, no início da madrugada, quando Agnísio deixava Maria Aparecida em casa. Ambos conversavam à porta quando o veículo, um Voyage de cor azul-marinho e placa ORK 2422, parou. O ex-militar desceu com a arma em punho, obrigando o casal a entrar no veículo. O rapaz foi colocado na mala do carro, enquanto Aparecida recebeu ordens para sentar no banco de passageiro.

Josevildo levou o casal para uma mata por trás da mineradora Braskem, palco da violência por ele programada e executada. Agnísio sobreviveu porque fingiu estar morto, mas contou sobre a estupidez que presenciou a exemplo dos gritos de Aparecida após ser obrigada a manter relação sexual com o acusado, bem como ao pedir para que não a matasse. Mas, logo após o estupro Maria Aparecida foi executada. Já Agnísio levou dois tiros, mas se fingiu de morto e, certo de que havia matado os dois, Josevildo foi embora.

No início da manhã, Agnísio saiu se arrastando em busca de socorro e deparou-se com algumas pessoas que acionaram a polícia após relatar o ocorrido. Ele tinha gravado a placa do carro, o que facilitou a identificação do réu.