O senador Rodrigo Cunha foi taxativo ao afirmar que é contra a participação de Renan Calheiros na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), autorizada pelo Senado para investigar a Braskem e o crime ambiental cometido contra Maceió e sua população.

Rodrigo não fala diretamente sobre quais são os seus temores quanto aos rumos que uma CPI traria e o impacto que pode ter para seu aliado de primeira hora, JHC, prefeito da capital alagoana. Por isso, listamos duas prováveis preocupações do senador.

Acordo obscuro com a Braskem

Assim que iniciados os trabalhos da Comissão, documentos sobre o acordo bilionário firmado entre o Ministério Público, Braskem e o prefeito JHC devem ser solicitados, o que deve expor o caráter oportunista da gestão municipal em relação ao crime ambiental e social cometidos pela petroquímica, o que, sem sombra de dúvidas, trará um prejuízo político para o grupo de Cunha e Caldas.

Desempenho do Renan na CPI

Com Renan Calheiros na Comissão Parlamentar de Inquérito, há a certeza por parte de Cunha e seus aliados circunstanciais, como Lira e João Caldas, de que os holofotes estarão sobre Calheiros, e ele vai tirar vantagem política disso, assim como fez por ocasião da CPI da Covid-19.

Renan não deixará de expor, na CPI, o erro que foi fazer um acordo com a Braskem em troca de dinheiro, e não vai dar moleza aos adversários que poderão ter muitas dificuldades em explicar à população de Maceió por que mudaram o discurso após assumir a Prefeitura da capital alagoana.