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Organizador de bloco palmarino esclarece polêmica e reforça independência do evento

"Não vão fazer política com isso, porque não tem nada a ver com prefeito", disse Leo Sarmento.

Muito se tem comentado sobre o desfile que antecedeu a saída do Bloco "Franga da Madrugada", que acontece tradicionalmente todos os anos, realizado no município de União dos Palmares, no interior de Alagoas, na noite do último sábado (10/2).

A polêmica se concentra em uma participante que desfilou apenas com pequenos objetos cobrindo as genitais e os mamilos, especialmente pela presença de crianças, embora os pais estivessem cientes do conteúdo a ser apresentado.

Nesta segunda-feira (12), o organizador do bloco, Leo Sarmento, em entrevista ao portal O Alagoano, afirmou que a situação foi um caso isolado. Ele destacou que o bloco é uma tradição de 24 anos e que a inscrição para o concurso é feita na hora.

"Foi um caso isolado, foi uma trans. Ela estava de roupão e quando entrou para fazer sua performance na passarela, durante o desfile, surpreendeu e chocou todo mundo de fato," disse Leo, ressaltando que a participação da pessoa em questão não foi previamente planejada.

Sarmento esclareceu que o Bloco "Franga da Madrugada" não possui afiliação política e é um evento privado, embora receba apoio da prefeitura e do estado, assim como outros blocos realizados na cidade. Ele enfatizou que a situação não deve ser politizada, pois não tem relação com políticos específicos ou partidos.

"Não vão fazer política com isso, porque não tem nada a ver com prefeito, nenhum político em si. A gente tem apenas o incentivo da Prefeitura e do Estado. Como é ano político, as pessoas querem fazer política, oposição", enfatizou o organizador.

Além disso, o organizador explicou que o fato de o evento ter sido realizado em frente à sede da Prefeitura ocorreu devido à reforma da quadra esportiva onde normalmente acontecia, e também porque sua residência fica localizada na mesma rua onde o bloco teve início.