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Alagoas alerta gestantes sobre febre Oropouche e reforça combate ao Aedes aegypti
Secretaria de Saúde apresentou recomendações de prevenção e reforçou vigilância para evitar complicações associadas a arboviroses no estado
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio do Comitê Técnico de Monitoramento das Arboviroses de Alagoas, divulgou nesta quarta-feira (17/7) orientações importantes sobre a transmissão vertical da Febre Oropouche para gestantes.
O encontro, realizado no Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), também abordou estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya.
O infectologista Renné Oliveira, chefe do Gabinete Estadual de Combate às Doenças Infectocontagiosas da Sesau, destacou a inclusão das gestantes no monitoramento da Febre Oropouche devido ao risco de contaminação fetal.
"A medida foi adotada após a detecção do anticorpo do vírus em amostras de quatro casos de microcefalia e um caso de abortamento regisitrados no Brasil", explicou Oliveira, referindo-se a uma Nota Técnica emitida pelo Ministério da Saúde (MS).
Para proteger as gestantes, o infectologista recomendou evitar áreas com alta concentração de insetos, usar telas de malha fina em portas e janelas, aplicar repelentes nas áreas expostas da pele e manter a casa limpa, incluindo a limpeza de terrenos e locais de criação de animais.
Clarício Bugarim, coordenador do Programa Estadual de Controle de Zoonoses da Sesau, afirmou que serão intensificadas as ações de vigilância nos meses finais da gestação e no acompanhamento de bebês de mulheres que tiveram infecções por dengue, zika, chikungunya ou Febre Oropouche.
"Vamos revisar nosso banco de dados para analisar desfechos dessas gestações e levantar casos de abortamentos e óbitos fetais, além de malformações neurológicas congênitas, para identificar possíveis correlações com a Febre Oropouche", informou Bugarim.
Diagnóstico e monitoramento
Embora não haja casos suspeitos de Febre Oropouche em Alagoas, Bugarim enfatizou a necessidade de exames laboratoriais para confirmação, devido à semelhança dos sintomas com os da dengue. "Os diagnósticos são realizados pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL), que também analisa casos descartados de outras arboviroses", explicou.
As autoridades de saúde do estado continuam vigilantes, adotando medidas preventivas e intensificando a vigilância para proteger a população, especialmente as gestantes, dos riscos associados à Febre Oropouche e outras arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti.
*Com Assessoria
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