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Tutor de cães que mataram gato em Maceió se apresenta na delegacia

O homem disse que os animais fogem com frequência

Cachorro Bull Terrier - Fotos: Reprodução/Montagem O Alagoano

O tutor dos dois cães da raça Bull Terrier que atacaram e mataram um gato no conjunto José Tenório em Maceió se apresentou espontaneamente na delegacia nesta terça-feira (19). O homem afirmou no depoimento que os animais moram em um sítio e costumam fugir com frequência.

Os cães, um macho e uma fêmea, estavam feridos quando chegaram para atacar o gato. O macho foi levado para o Grupo de Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), onde recebeu atendimento médico veterinário. A fêmea está desaparecida.

Conforme os médicos, o animal estava com vários ferimentos de facada. O animal precisou ser sedado para suturar os cortes e, em seguida, passou por uma bateria de exames. O cachorro segue em recuperação.

“Logan (nome do animal) segue estável, se recupera bem e com ótimo prognóstico. Seguirá conosco até a conclusão das investigações, visto a complexidade da ocorrência, que envolve omissão de guarda e violência contra animal, ambas caracterizadas como maus tratos na Resolução 1236/2018 do CRMV, com penalidades previstas na Lei Sansão (14.064/2020)”, disse Pierre Escodro, coordenador do Grupo.

O ataque

Dois cachorros da raça bull terrier mataram um gato na porta de um ginásio de esportes no Conjunto José Tenório, em Maceió, nesta segunda-feira (18). Moradores da região registraram através de vídeos o desespero causado pelos animais. No vídeo, é possível notar que os cães estavam sem focinheira e correndo pelas ruas do conjunto, causando medo e preocupação nos moradores.

Segundo o delegado Robervaldo Davino, é de responsabilidade do tutor qualquer dano ou lesão causado pelos animais nas esferas cível e criminal. Conforme a Lei n° 2.140, de 2011, é obrigatório o uso de focinheira para raças consideradas perigosas e são estabelecidas regras de segurança para a condução responsável dos animais.