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Adolescente revela detalhes do crime que levou à morte de Anna Cecillya

Depoimento do adolescente, que foi apreendido, levou à prisão de um homem de 25 anos acusado de envolvimento no crime

Anna Cecillya tinha 9 anos e foi brutalmente assassinada em Branquinha - Fotos: Reprodução

A pequena Anna Cecillya dos Santos Silva, de 9 anos, foi encontrada morta em Branquinha, no último domingo (26), após permanecer desaparecida desde o dia 20 de janeiro. O caso foi esclarecido após o depoimento de um dos suspeitos, de 17 anos, que foi apreendido e forneceu detalhes sobre o crime, o que resultou na prisão de um homem de 25 anos.

A menina foi brutalmente agredida e estuprada. De acordo com o delegado Thales Araújo, da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol), o depoimento do adolescente foi compatível com as lesões encontradas no corpo da vítima. Ele descreveu as agressões feitas com um pedaço de madeira, o que foi confirmado pela perícia técnica.

“Ele disse que o indivíduo [maior de idade], fazendo uso de uma pedaço de madeira, desferiu golpes, o primeiro deles na base do crânio, e isso é 100% compatível com as lesões aferidas nos exames técnicos, e depois teria dado dois golpes na face da vítima, e isso também é compatível com os exames”, afirmou Araújo.

Coletiva de imprensa revela detalhes sobre morte de Anna Cecillya
Coletiva de imprensa revela detalhes sobre morte de Anna Cecillya | Foto: Ricardo Gomes/O Alagoano


Ainda de acordo com a autoridade policial, o adolescente afirmou que foi ameaçado pelo maior, namorado da tia de Anna, para cometer o ato de violência sexual. O delegado, no entanto, informou que o menor não forneceu detalhes sobre a razão do crime, apenas imputou ao maior os atos de violência que resultaram na morte da criança.

"O menor confessou toda a sistemática do crime, não deixou claro a motivação, mas ele descreveu com detalhes toda a ação, desde o momento que ele convida a criança a pedido do maior e praticam violência sexual contra ela. O menor imputa ao maior os atos de violência que ceifaram vida dela", explicou Thales.

Os dois suspeitos não têm vínculo de parentesco. A tia da vítima havia conhecido o maior pela internet há 15 dias. Ele é natural de Goiás, enquanto o adolescente era vizinho da criança. Segundo o delegado, não há suspeita de participação de uma terceira pessoa na morte da criança, embora essa possibilidade ainda esteja sendo analisada.