» Sociedade
Duas pessoas morrem em Alagoas por suspeita de picada da aranha-marrom
Sesau alerta para prevenção contra acidentes com animais peçonhentos e reforça necessidade de notificação dos casos

A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) emitiu um alerta à população após o registro de cinco casos suspeitos de ataques da aranha-marrom, espécie cuja presença não é comum no estado. Entre as ocorrências, duas pessoas morreram em janeiro, após complicações graves causadas pela picada.
Os casos ocorreram em Maceió e também envolveram um paciente de Pernambuco, atendido em Alagoas. Os principais sintomas apresentados pelas vítimas foram dor intensa, inchaço, manchas arroxeadas e necrose no local da picada. Dois pacientes chegaram a ser internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) devido à gravidade do quadro.
Segundo a superintendente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Sesau, enfermeira Waldineia Silva, algumas aranhas são consideradas peçonhentas por produzirem veneno, mas a presença da aranha-marrom em Alagoas ainda não foi confirmada oficialmente.
“Recomendamos à população que mantenha quintais e jardins limpos, evite acúmulo de lixo e elimine folhagens densas próximas a muros e paredes. Além disso, é fundamental não colocar as mãos em buracos, pedras e troncos desgastados. Caso ocorra algum acidente, a vítima deve buscar atendimento médico imediatamente”, orientou.
Em Alagoas, há 14 unidades de saúde equipadas com soro antiaracnídico, distribuídas em todas as 10 Regiões de Saúde do estado. Em Maceió, as unidades de referência para tratamento de picadas de animais peçonhentos são:
• Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), no bairro Trapiche;
• UPA do Jacintinho;
• UPA do Tabuleiro do Martins.
De acordo com o assessor técnico da Sesau, Clarício Bugarim, caso ocorra um acidente, a recomendação é lavar a área da picada com água e sabão e procurar atendimento médico o mais rápido possível. “Se possível, a vítima ou um acompanhante deve tirar uma foto do animal para facilitar a identificação e o tratamento adequado”, explicou.
Outros casos de animais peçonhentos
Entre agosto de 2024 e janeiro de 2025, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Sesau contabilizou 13.039 casos de acidentes com escorpiões em Alagoas, sendo esse o tipo de ocorrência mais comum. Também foram registrados 1.327 casos de picadas de abelhas, 457 de serpentes, 210 de aranhas e 125 de lagartas, além de 746 registros de outros animais venenosos.
Para reforçar a vigilância, a Sesau, por meio do CIEVS, emitiu uma nota de alerta para os municípios alagoanos, determinando que todo caso suspeito ou confirmado de acidente com animais peçonhentos seja notificado imediatamente, em até 24 horas.
Além da notificação, os profissionais de saúde devem registrar os casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), vinculado ao Ministério da Saúde. A nota também orienta os municípios a intensificarem ações educativas, divulgando amplamente as medidas preventivas e a importância da busca por atendimento médico em situações de emergência.
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