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DNA confirma identidade de criança encontrada morta em Branquinha

Exame genético comprova que corpo é de Anna Cecíllya, de 9 anos; investigação segue para apurar possíveis crimes sexuais e físicos

Ana Cecília dos Santos Silva, de apenas 9 anos - Fotos: Reprodução

O Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Maceió divulgou, nesta quinta-feira (13/2), o laudo de identificação do cadáver de uma criança encontrado em Branquinha, na Zona da Mata alagoana. A análise de DNA confirmou que se trata de Anna Cecíllya dos Santos Silva, de 9 anos, após a comparação com o material genético da mãe da vítima.

A perita criminal Carmélia Miranda explicou que a decomposição do corpo representou um desafio para a análise, pois o tempo e substâncias degradantes podem comprometer as moléculas de DNA. No entanto, a extração do material genético foi suficiente para garantir um resultado positivo no exame de identificação.

Além da confirmação da identidade, o laboratório segue analisando outras amostras para verificar a presença de material genético masculino no corpo da menina. Esse exame busca esclarecer se houve violência sexual, mas, por ser uma técnica minuciosa, demanda mais tempo para obtenção do resultado.

“Em casos de estupro, a detecção de material genético do agressor torna-se mais rara quando a janela de tempo entre o fato criminoso e o exame de conjunção carnal é maior. Como sempre, estamos empenhados em conseguir o resultado positivo, apesar do avançado estado de decomposição que o corpo se encontrava”, afirmou a perita.

O corpo de Anna Cecíllya havia sido liberado por ordem judicial apenas com requisição de sepultamento. Com a confirmação da identidade, o Instituto Médico Legal poderá emitir a declaração de óbito, permitindo à família a emissão da certidão.

A menina desapareceu no último dia 21 de janeiro, após sair de casa, onde morava com a mãe, o padrasto e os irmãos, para brincar. Seu corpo foi encontrado cinco dias depois, em 26 de janeiro, enterrado em uma cova rasa e coberto por vegetação densa, em uma área de difícil acesso.

O local foi periciado pela perita criminal Jana Kelly, do Instituto de Criminalística de Maceió, e o corpo encaminhado ao Instituto Médico Legal da capital. O exame cadavérico revelou que a criança apresentava lesões indicativas de violência física. 

*Com informações da Assessoria