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Insegurança? Carnaval pode ter greve de policiais civis em Alagoas

Categoria quer acordo sobre implementação da majoração da carga horária

Sindpol chegou a cobrar o governador no último dia 4 durante inauguração de uma UPA em Coruripe - Fotos: Sindpol/Divulgação

Com o Carnaval na porta, os policiais civis de Alagoas podem paralisar suas atividades após a assembleia geral da categoria que acontece nesta quarta-feira (26), as 13 horas.

O motivo, segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) é a falta de um acordo definitivo com o Governo de Alagoas sobre a implementação da majoração da carga horária.

A diretoria do Sindpol informou que já se reuniu com a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), com a Secretaria da Fazenda (Sefaz), a Procuradoria Geral do Estado (PGE), e o próprio governador Paulo Dantas, porém o acordo nunca foi concluído.

os quais reconheceram a legitimidade da reivindicação. O governador afirmou que é favorável ao pleito e encaminhou o rito para concluir o acordo, mas até o momento não realizou nova reunião com o Sindpol para concluir o acordo.

Carnaval

A grande preocupação é com a chegada das festas de momo nas cidades interioranas, como São José da Laje, Murici, Maragogi, Paripueira, dentre outras com grande tradição carnavalesca em Alagoas. A Polícia Militar apresentou um plano no último dia 20, envolvendo 2.200 policiais para a Operação Carnaval 2025, para cada um dos dias de festa. 

Mas as delegacias estarão funcionando? Sem os agentes da Polícia Civil, é possível garantir o esquema de segurança?

A carga horária

Em 2006, o Governo do Estado aumentou a carga horária dos policiais civis, de 30 para 40 horas semanais, sem a compensação financeira. Com isso, os agentes da lei entraram na Justiça e mais de 50% conseguiram o aumento. Exatamente por isso há uma insatisfação e desmotivação entre os agentes com o governador Paulo Dantas.

Durante as negociações, os policiais civis aceitaram a proposta do cenário C, proposto pelos representantes do Comitê de Negociação Sindical (Cones). Para isso, a categoria assinou uma carta de intenção abrindo mão do retroativo. Os documentos foram entregues ao representante do Cones, o secretário de Estado Vitor Pereira, em dezembro passado, restando apenas a conclusão do acordo por parte do governador.