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Alagoas lidera no Nordeste em taxa de divórcios enquanto registra aumento de casamentos e nascimentos

Dados do IBGE revelam que estado tem taxa de divórcios de 3,1%, acima da média nacional; número de casamentos cresceu 9,16% e nascimentos aumentaram 1,63% no período

Número de divórcios em Alagoas é acima da média nacional, segundo o IBGE - Fotos: Freepik/Ilustração

Alagoas registrou a maior taxa de divórcios do Nordeste em 2023, com 3,1 dissoluções matrimoniais para cada mil habitantes com 20 anos ou mais - índice superior à média nacional de 2,8%. O estado contabilizou 6.921 divórcios no ano, sendo a maioria (91,2%) concedidos em 1ª instância judicial. Embora tenha havido redução de 3,97% em relação a 2022 (ano recorde da série histórica), o estado mantém a liderança regional, seguido pela Bahia (2,5%). Os dados revelam que 42,4% dos casais divorciados tinham apenas filhos menores, enquanto 29% não possuíam filhos.

Casamentos em crescimento

Em contraste com a tendência nacional de queda (-3%), Alagoas registrou aumento de 9,16% nos casamentos civis em 2023, totalizando 14.241 uniões. Desse total, 99,43% foram entre casais heterossexuais. Os casamentos homoafetivos representaram 0,57% do total (81 uniões), com predominância de casais femininos (56 registros) sobre masculinos (25 registros). O estado segue a tendência nacional, onde 62,7% dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo envolvem mulheres.

Natalidade em movimento

O estado registrou 46.174 nascimentos em 2023, aumento de 1,63% ante 2022 - movimento oposto à queda nacional de 0,7%. A maioria dos bebês (50,8%) era do sexo masculino, e 51% das mães tinham entre 20 e 29 anos, com predominância na faixa de 20-24 anos (26,7%). Preocupa a taxa de 0,88% de partos em mães com menos de 15 anos (3ª maior do país), além de 15,35% na faixa de 15-19 anos (5ª posição nacional). Os óbitos fetais aumentaram 5%, totalizando 446 casos.

Mortalidade em declínio

Alagoas registrou redução de 4,58% nas mortes em 2023 (21.062 óbitos), acompanhando a tendência nacional (-5%). No entanto, as mortes por causas não naturais (9% do total) cresceram 6,44%, com predominância de vítimas masculinas (87,4%). O estado ocupa a 3ª posição no Nordeste nesse indicador, atrás apenas de Amapá e Tocantins.

Sobre a pesquisa

As Estatísticas do Registro Civil, disponíveis no SIDRA/IBGE, fornecem subsídios para políticas públicas ao mapear tendências demográficas e familiares. Os dados são coletados em cartórios, varas e tabelionatos de todo o país.