» Política
Câmara dos Deputados debate cortes de gastos e aumento do IOF para cumprir meta fiscal
Presidente da Câmara, Hugo Motta, defende medidas antipáticas enquanto PT alerta para risco de colapso na máquina pública

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (29) que o parlamento está disposto a aprovar medidas antipáticas de corte de gastos para alcançar as metas do arcabouço fiscal. A declaração ocorre em meio ao impasse sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que gerou tensão entre Executivo e Legislativo.
Durante reunião de líderes, Motta declarou: "Talvez tenha chegado a hora de enfrentar esse problema, de colocar o dedo na ferida e rever o que não está correto. São medidas antipáticas, mas necessárias".
O Congresso deu 10 dias para o governo apresentar alternativas ao decreto que aumentou as alíquotas do IOF - medida que, segundo o Ministério da Fazenda, afetaria apenas empresas e contribuintes de alta renda, arrecadando R$ 20 bilhões.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), alertou que derrubar o aumento do IOF levaria a cortes em áreas sensíveis:
"Defender a derrubada do IOF é jogar a conta nos mais pobres. Na hora de cortar, será em saúde, educação e programas sociais".
Farias mencionou o risco de "shutdown" (paralisia da máquina pública) caso o governo precise fazer ajustes abruptos no orçamento.
Propostas para equilibrar as contas
Hugo Motta citou como possíveis medidas:
- Revisão de isenções fiscais
- Avanço na reforma administrativa
Porém, destacou que as propostas devem partir do Executivo.
O governo já bloqueou R$ 31,3 bilhões neste ano para cumprir a meta fiscal. O ministro Fernando Haddad defendeu o ajuste no IOF, afirmando que as novas alíquotas ainda estão abaixo das vigentes no governo anterior.
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