O Ministério da Previdência Social anunciou nesta quinta-feira (29) uma operação de busca ativa para identificar e atender aposentados e pensionistas do INSS que tiveram descontos irregulares de mensalidades associativas em seus benefícios. A medida pretende alcançar especialmente moradores de comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas, além de pessoas com dificuldade de locomoção.

Como funcionará a busca ativa

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC, o ministro Wolney Queiroz explicou que a ação ocorrerá em duas etapas: contato inicial pelos canais oficiais (Meu INSS, site do INSS, Disque 135 e agências dos Correios) e busca presencial para quem não responder, utilizando, PrevBarco (unidades flutuantes para comunidades ribeirinhas) e o PrevMóvel (atendimento itinerante em regiões sem agências).

"Vamos na casa do cidadão. Não deixaremos ninguém para trás", afirmou Queiroz.

Alerta contra golpes

O ministro fez um alerta importante: "O INSS nunca liga, envia e-mails ou mensagens por WhatsApp. Desconfie de qualquer contato assim".

Canais seguros incluem:

- Meu INSS (aplicativo e site)
- Disque 135 (telefone oficial)
- Agências dos Correios (com funcionários treinados)

Origem das fraudes

Queiroz revelou que as associações fraudulentas começaram a operar em 2019, mas não foram investigadas adequadamente no governo anterior. Segundo ele as entidades não tinham sede ou patrimônio, os inquéritos da PF foram arquivados e os descontos ilegais continuaram por anos.

Desafios do INSS

Além do ressarcimento, o ministro destacou outras prioridades:

- Reduzir filas (atualmente com 45 dias de espera)
- Combater fraudes no sistema
- Restabelecer a confiança na Previdência