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Ativista brasileiro Thiago Ávila é detido por Israel em missão humanitária a Gaza; Greta Thunberg também estava no barco

Governo brasileiro acompanha caso após interceptação violenta de embarcação em águas internacionais; família pede ajuda para repatriar o ativista

Thiago Ávila é de Brasília, Distrito Federal e tem 38 anos - Fotos: Reprodução/Redes Sociais

O ativista brasileiro Thiago Ávila, 38 anos, foi detido pelo exército israelense no domingo (8) durante uma missão humanitária rumo à Faixa de Gaza. Ele integrava a tripulação do barco "Madleen", que levava suprimentos como arroz e medicamentos para a população palestina. A ativista sueca Greta Thunberg também estava a bordo.

Antes da detenção, Thiago compartilhou em suas redes sociais: "Estamos para ser atacados pelo mais cruel exército do mundo". Horas depois, sua conta no Instagram passou a ser administrada por familiares, que postaram um vídeo pré-gravado no qual ele dizia: "Se você está vendo isso, fui detido ou sequestrado por Israel".

Sua esposa, Lara, mãe da filha do casal, Teresa, de 1 ano, fez um apelo: "Precisamos que pressionem parlamentares, o Itamaraty e o governo para trazer Thiago de volta".

Nota da Flotilha da Liberdade denuncia "sequestro"

A organização Freedom Flotilla Coalition (FFC) emitiu comunicado classificando a ação como uma violação do direito marítimo internacional, interceptação ilegal em missão humanitária e o corte de comunicação com os ativistas.

O Ministério das Relações Exteriores publicou nota na manhã desta segunda-feira (9), após Israel interceptar o navio Madleen de ajuda humanitária que se dirigia a Gaza, neste domingo (8), e deter 12 ativistas, dentre eles o brasileiro Thiago Ávila.

“Ao recordar o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, o Brasil insta o governo israelense a libertar os tripulantes detidos”, destaca o comunicado.

A nota brasileira reforça ainda “a necessidade de que Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino, de acordo com suas obrigações como potência ocupante.”

De acordo com a nota do Itamaraty, as embaixadas da região estão sob alerta para prestar a assistência consular caso necessário, de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares e os direitos internacionais.

Com informações da CNN Brasil e Agência Brasil