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Ministro estima que descontos indevidos de aposentados do INSS cheguem a R$ 3 bilhões

Wolney Queiroz revela que 3 milhões de beneficiários pediram ressarcimento; governo promete busca ativa e punição aos responsáveis pelas fraudes

Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz - Fotos: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou nesta terça-feira (10) que os descontos irregulares feitos por entidades associativas em pagamentos de aposentados e pensionistas do INSS podem totalizar entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões. O valor final só será conhecido após a conclusão dos atendimentos aos beneficiários, que estão sendo feitos por meio do aplicativo Meu INSS, agências da Previdência e dos Correios.

Até o momento, 3 milhões de aposentados e pensionistas já solicitaram o ressarcimento dos valores cortados indevidamente. O ministro explicou que o cálculo exato depende da confirmação dos descontos não autorizados, já que muitas pessoas podem ter concordado com as cobranças.

Dados apresentados por Wolney Queiroz apontam que três entidades são as mais contestadas por descontos irregulares entre 2021 e 2022. Juntas, elas respondem por 689.419 reclamações, o equivalente a 22% do total de pedidos de ressarcimento registrados até 8 de junho.

O ministro afirmou que o governo federal irá às últimas consequências para identificar e punir os responsáveis pelas fraudes. Ele destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou "indignado" com o golpe aplicado contra aposentados e pensionistas, um público que sempre foi prioridade de sua gestão.

Entre as medidas anunciadas estão:

✔ Busca ativa para localizar beneficiários em áreas remotas;

✔ Atendimento especial para pessoas com mobilidade reduzida;

✔ Cobrança de ressarcimento das associações envolvidas nas irregularidades.