O empresário e ex-governador de São Paulo, João Doria, interrompeu abruptamente sua participação nas gravações do novo programa "No Alvo" do SBT nesta quarta-feira (25), após se irritar com o teor das perguntas. Convidado da atração que ainda não tem data de estreia, Doria classificou o formato como um "tribunal de inquisição" e acusou a produção de mau gosto ao abordar um vídeo de suposta orgia que teria envolvido o político em 2018.

Segundo informações do colunista Flávio Ricco, o ex-prefeito de São Paulo perdeu a paciência quando questionado sobre o caso – que já havia sido investigado pela Polícia Federal e considerado por Doria como fake news. Revoltado, ele teria dito que a inclusão de sua esposa no contexto da pergunta foi "desrespeitosa e desleal", abandonando o estúdio em seguida. A produção tentou contornar a situação, mas não conseguiu fazê-lo voltar.

O programa, que já gravou com outros nomes como João Kleber, Geraldo Luís e Leo Dias, promete ser um dos destaques da grade do SBT em 2025, mas o incidente com Doria pode mudar os rumos da atração. Em nota à Folha de S.Paulo, o ex-governador afirmou: "Foi o maior constrangimento pelo qual já passei na vida. Foi horrível. Um horror. Eu já estava incomodado desde o início e na oitava pergunta, me questionaram sobre um vídeo erótico do qual eu teria participado e qual era a opinião da minha esposa". 

O caso do vídeo e os laudos contraditórios

Em 2022, a PF divulgou um laudo afirmando que não encontrou adulterações nas imagens, mas destacou a baixa qualidade do material. Doria, no entanto, sustenta que laudos independentes comprovaram a falsificação.