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Alagoas registra segunda maior perda populacional do Nordeste por migração, revela Censo 2022
Estado tem saldo migratório negativo de 42,6 mil pessoas; fecundidade ainda é a mais alta da região, mas abaixo do nível de reposição

Dados divulgados pelo IBGE na última sexta-feira (27) mostram que Alagoas ocupa a segunda posição no Nordeste em saldo migratório negativo, indicando que mais pessoas deixaram o estado do que chegaram entre 2017 e 2022. Segundo o Censo Demográfico 2022, cerca de 74.772 pessoas passaram a residir em Alagoas nesse período, mas mais de 117 mil (117.402) saíram do estado, resultando em uma perda líquida de 42,6 mil habitantes e uma taxa de migração de -1,36%.
No ranking regional, o estado fica atrás apenas do Maranhão, que registrou uma redução de 129,3 mil residentes (-1,91%). A Paraíba foi o único da região com saldo positivo, ganhando 31 mil moradores (+0,78%).
São Paulo é o principal destino dos alagoanos
Nos últimos cinco anos, a maioria dos migrantes de Alagoas escolheu São Paulo como destino (34.494), seguido por Minas Gerais (14.087) e Mato Grosso (13.332). Pernambuco, tradicional receptor de alagoanos, ficou em quarto lugar, com 12.075 pessoas.
Apesar do êxodo, o estado ainda mantém uma população majoritariamente local: mais de 91% dos residentes nasceram em Alagoas, e 97% são nordestinos, com destaque para pernambucanos (3,66% da população).
Fecundidade em Alagoas lidera no Nordeste, mas está abaixo do nível de reposição
O Censo também trouxe dados sobre fecundidade, outro fator crucial para o crescimento populacional. Alagoas lidera a Taxa de Fecundidade Total (TFT) no Nordeste, com 1,77 filhos por mulher em idade fértil, acima da média regional (1,60) e nacional (1,55). No entanto, o número está abaixo do nível de reposição (2,1), o que, somado ao envelhecimento e às migrações, pode levar a um declínio populacional a partir de 2027, segundo projeções do IBGE.
Aumento de estrangeiros em Alagoas
O estado também registrou crescimento na população estrangeira. Entre 2017 e 2022, a Colômbia foi o principal país de origem dos imigrantes (200 pessoas), seguida por Estados Unidos (164) e Argentina (134). Homens representam 56% desse grupo.
Nas últimas duas décadas, o número de estrangeiros em Alagoas mais que triplicou, passando de 577 (2000) para 1.736 (2022). Já os naturalizados brasileiros subiram de 298 para 565 no mesmo período.
Onde conferir os dados
As informações completas estão disponíveis na plataforma SIDRA do IBGE: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-demografico/demografico-2022/amostra-fecundidade-e-migracao.
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