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PC cumpre mandados em comunidade terapêutica após denúncias de maus-tratos e morte em Marechal Deodoro

Investigações apontam violência física e psicológica contra internos; estabelecimento foi interditado pela Vigilância Sanitária

Polícia Civil cumpre mandados em comunidade terapêutica após denúncias de maus-tratos e morte - Fotos: Ascom PCAL

A Polícia Civil de Alagoas realizou, nesta segunda-feira (25/8), mandados de busca e apreensão em uma comunidade terapêutica em Marechal Deodoro, alvo de investigação após mais de 30 depoimentos relatarem maus-tratos, violência física e psicológica, além da morte ainda a esclarecer de Claudia Pollyane, de 41 anos, que estava internada no local.

A operação mobilizou equipes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), Delegacia de Homicídios do 10º Segmento, 17º Distrito Policial (17º DP), Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), Coordenadoria de Recursos Especiais (Core/Dracco), além do apoio do Instituto de Criminalística (IC) e da Vigilância Sanitária. Na última sexta-feira (22), o proprietário da clínica foi preso, enquanto a esposa dele já havia sido detida na semana anterior.

A comissão de delegadas responsável pelo caso, formada por Ana Luiza Nogueira, Juliane Santos, Maria Eduarda e Liana Franca, investiga não apenas o óbito de Claudia Pollyane, mas também possíveis crimes de estupro, tortura e agressões. Em um dos cômodos, conhecido entre internos como o “quarto da tortura”, peritos coletaram material com vestígios de sangue para análise. A delegada Ana Luiza destacou ainda irregularidades na prescrição de medicamentos, que só poderiam ser fornecidos em clínicas médicas e não em comunidades terapêuticas.

Após as diligências, a Vigilância Sanitária determinou a interdição do estabelecimento, e os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Poder Judiciário de Alagoas, garantindo que a investigação prossiga e a segurança dos internos seja priorizada.