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Alfredo Gaspar alerta para fraudes em empréstimos consignados e pede ação imediata: "continuam sendo roubados"
Deputado afirma que aposentados e pensionistas continuam sendo prejudicados por descontos irregulares e juros abusivos mesmo durante investigação da CPMI do INSS
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS voltou a chamar atenção para fraudes envolvendo empréstimos consignados contra aposentados e pensionistas brasileiros. Segundo o relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), o problema é mais grave do que se imaginava, envolvendo descontos irregulares e contratos suspeitos que continuam prejudicando os beneficiários do INSS.
Durante sessão recente, Gaspar alertou que, mesmo com a investigação em andamento, os golpes seguem acontecendo, especialmente devido aos juros abusivos aplicados nos empréstimos. O deputado ressaltou que existem cerca de 90 acordos de cooperação técnica (ACTs) ainda vigentes entre bancos e instituições investigadas, e fez um apelo direto ao ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, para que esses contratos fossem suspensos cautelarmente até a conclusão das apurações. O pedido, no entanto, foi negado.
“E se eu disser que os aposentados e pensionistas brasileiros continuam sendo roubados? A própria CGU, em auditoria anterior, já constatou que o prejuízo é muito maior por causa dos juros sobre juros dos empréstimos consignados”, afirmou Gaspar. Ele reforçou que a suspensão imediata das ACTs evitaria que o golpe se expandisse, protegendo os beneficiários da Previdência Social.
Em resposta, o ministro Vinícius Marques de Carvalho afirmou que a CGU segue realizando estudos sobre os contratos e que medidas só poderão ser adotadas após a conclusão das análises técnicas. Apesar disso, o relator da CPMI reforçou a necessidade de ação urgente, afirmando que o cenário configura um “roubo monstruoso e continuado” contra os aposentados e pensionistas.
A CPMI do INSS segue analisando documentos sigilosos e ouvindo testemunhas, buscando identificar quem se beneficiou das fraudes e como os bancos e entidades associativas se envolveram no esquema. A expectativa é que, ao final da investigação, seja possível reparar os prejuízos e implementar mecanismos que previnam novos golpes contra um dos grupos mais vulneráveis da sociedade.
*Com informações da Assessoria
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