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Em Alagoas, Sindjornal repudia ataques misóginos de advogado contra jornalista em grupo de mensagens
Entidade exige retratação, aciona a OAB e oferece apoio jurídico à profissional vítima das ofensas
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal) se posicionou com firmeza, na última sexta-feira (22), contra declarações ofensivas e de cunho misógino proferidas pelo advogado Júlio Afonso de Freitas Melro Nascimento, em um grupo de mensagens no WhatsApp. Segundo a entidade, o agressor utilizou palavras de baixo nível e ataques direcionados a uma jornalista filiada ao sindicato, com o claro objetivo de desqualificá-la profissionalmente.
De acordo com a nota, as mensagens ultrapassaram os limites do debate democrático e da liberdade de expressão, reforçando um tipo de violência política e de gênero que ainda vitima mulheres em diversas profissões. Entre os insultos dirigidos, o advogado chegou a usar expressões ofensivas como “putinhas da esquerda” para se referir à profissional, motivado exclusivamente por discordância política.
Para o Sindjornal, o episódio configura uma agressão direta à honra, à dignidade e à competência da jornalista, além de representar um ataque a todas as mulheres que atuam no campo social, democrático e trabalhista. Por isso, a entidade exigiu retratação imediata por parte do autor das declarações e anunciou que colocará sua assessoria jurídica à disposição da profissional ofendida.
Além das medidas de apoio, o sindicato informou que denunciará formalmente o caso à Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Alagoas (OAB-AL), solicitando a abertura de processo ético-disciplinar contra o advogado e a aplicação das sanções cabíveis, com base na gravidade das falas.
Confira a nota na íntegra:
"NOTA DE REPÚDIO
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal) vem repudiar às declarações de cunho misógino e machista proferidas pelo advogado advogado Júlio Afonso de Freitas Melro Nascimento em um grupo de mensagens no WhatsApp buscando atacar uma de nossas filiadas.
As falas deploráveis, que atacam a honra, a dignidade e a competência profissional, ultrapassam os limites da liberdade de expressão e configuram uma clara violência de gênero, destinada a intimidar e desqualificar todas as mulheres que militam no campo popular e democrático.
"Putinhas da esquerda" foi um dos muitos ataques usados pelo senhor Júlio Afonso, para agredir uma mulher de quem discorda da opinião política.
O Sindjornal reitera que a misoginia não tem espaço na sociedade democrática, tampouco no debate público e profissional.
O Sindicato exige retratação imediata pelos ataques e oferece apoio jurídico para que a colega agredida seja protegida.
O Sindjornal também vai promover denúncia formal à Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Alagoas (OAB-AL), solicitando a instauração de processo ético-disciplinar e as medidas cabíveis.
Defender a liberdade de imprensa é, antes de tudo, defender o direito das mulheres jornalistas de exercerem sua profissão ou suas posições sem serem vítimas de violência, assédio e misoginia.
Basta de violência política e de gênero!
O Sindjornal não se calará diante de qualquer ataque aos direitos e à dignidade da categoria.
Maceió, 22 de novembro de 2025.
SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO ESTADO DE ALAGOAS"
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