O que explica a falta de protagonismo dos secretários de Paulo Dantas?
"Acordão da Assembleia" é citado nos corredores do legislativo como vantagem eleitoral para 2026

A ausência de visibilidade dos secretários estaduais no governo Paulo Dantas não é obra do acaso, mas resultado de um calculado "acordão" político envolvendo a Assembleia Legislativa e o Palácio do Governo.
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Fontes do poder estadual confirmam que o presidente da Assembleia, Marcelo Vitor, articulou com a base de deputados estaduais e obteve do governador um pacto para conter qualquer projeção política dos gestores estaduais.
O mecanismo é simples: em troca de apoio parlamentar e eleitoral, o governo mantém seus secretários longe dos holofotes, evitando que repitam o fenômeno ocorrido na gestão de Renan Filho, quando Alexandre Ayres (Saúde) transformou sua visibilidade na pasta no título de deputado estadual mais votado em 2022. O acordo é especialmente rígido com ex-prefeitos de grande capital político, como Kil Freitas e Júlio Cesar, vetados de ambicionar cadeiras estaduais.
Este " acordão" explica o paradoxo de um governo com ex-prefeitos experientes mas com secretarias fantasmagóricas na mídia. Enquanto vigora este pacto, Alagoas assiste a um silenciamento estratégico que privilegia a reeleição de Deputados em detrimento do debate público e da pluralidade política.