O diretor da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Luciano Sampaio, anunciou nesta quarta-feira (9/8), que acatou a recomendação do Ministério Público de Alagoas (MPAL) para proibir a presença da torcida organizada Mancha Azul nos estádios pelo período de seis meses.

Os promotores de Justiça Sandra Malta e Bruno Baptista, da Promotoria do Torcedor, levaram em consideração os atos violentos atribuídos à torcida, dentro e fora dos estádios, entre eles o espancamento do torcedor do CRB, Symei Brindisi Silva Araújo, de 24 anos.

Além disso, neste crime específico, há suspeitas de envolvimento do presidente Douglas César da Silva Santos e de um dos diretores, Thiago Lyra Alves dos Santos, ambos ligados à torcida organizada Mancha Azul, associada ao Centro Sportivo Alagoano (CSA).

Também recebeu notificação a Polícia Militar de Alagoas (PMAL), em nome do comandante-geral, Paulo Amorim, para que seja providenciada a divulgação interna e externa do documento, especialmente entre as polícias dos demais estados da FAF.

Na recomendação, os promotores de Justiça deixam claro que, apesar de a PMAL ter elaborado seu plano de segurança e aumentado o efetivo para garantir a tranquilidade dos torcedores, o desequilíbrio desencadeado pelo fanatismo dos membros das torcidas organizadas ainda é fator determinante no que diz respeito à prática de atos violentos.

Além do banimento dentro dos estádios, fica proibido o ingresso de qualquer torcedor aos estádios vestindo camisas, uniformes e vestimenta em geral, portando bandeiras, faixas, usando bonés, com instrumentos musicais e todo objeto que remeta à representação da Mancha Azul. Os integrantes também ficam impedidos de frequentar o entorno no raio de cinco mil metros do local de realização dos jogos.

As medidas já estão em vigor e o vice-presidente da agremiação tem prazo estipulado de 10 dias para se manifestar.