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Defesa Civil esclarece rumores sobre ampliação do mapa de risco no Pinheiro

??rgão nega autoria de mapa que circula nas redes sociais e reafirma seu papel técnico.

A Defesa Civil de Maceió emitiu uma nota oficial nesta segunda-feira (28/8), desmentindo a autoria de um mapa que tem circulado nas redes sociais. O mapa em questão supostamente atualizaria a área afetada pelo afundamento do solo na região do Pinheiro e ampliaria a área de risco no bairro do Bom Parto.

O órgão esclareceu que não elaborou tal mapa e não é responsável pela sua divulgação. A informação de que a ampliação da área de risco teria sido discutida em uma reunião com o Ministério Público Federal (MPF) também foi refutada pela Defesa Civil.

Confira aqui o mapa em vigor.

A nota enfatizou o papel da Defesa Civil de Maceió como a única entidade com respaldo técnico para emitir o "Mapa de Linhas e Ações Prioritárias". O órgão reiterou que, caso haja novas atualizações relevantes, será a fonte oficial para divulgar informações relacionadas às áreas de risco na região.

Por sua vez, a Braskem, empresa petroquímica envolvida no caso, também se pronunciou. A empresa afirmou que o último mapa divulgado pela Defesa Civil de Maceió está disponível em seu site desde janeiro de 2021.

Confira  a nota da Defesa Civil na íntegra:

"A Defesa Civil informa que não é de sua autoria o mapa que circula na mídia e redes sociais, que indica atualização das áreas afetadas pelo afundamento do solo em decorrência da mineração de sal-gema. 

A Defesa Civil do Município monitora ininterruptamente as áreas afetadas, bem como as áreas de borda do Mapa de Linhas e Ações Prioritárias (V4), nos bairros adjacentes, por meio de equipamentos que medem em milímetros a movimentação do solo e por visitas in loco, periodicamente, com vistorias do Comitê Técnico. 

Havendo novas atualizações, a Defesa Civil de Maceió é o único órgão com respaldo técnico para emitir o Mapa de Linhas e Ações Prioritárias."

Leia a nota do Ministério Público Federal (MPF) na íntegra: 

"O Ministério Público Federal (MPF), por meio do grupo de trabalho que atua no Caso Braskem, e a Defensoria Pública da União (DPU) esclarecem que na reunião do dia 7 de agosto, ocorrida no prédio-sede do MPF, com participação da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Alagoas e do Instituto de Ciências Sociais, o tema tratado foi a pesquisa realizada pelo ICS sobre os impactos do esvaziamento da área atingida pelo afundamento do solo aos moradores do Flexal (porção da região que não entrou no Mapa de Risco da Defesa Civil).

Não foi e não era objeto de pauta a ampliação de Mapa. A situação do bairro Bom Parto apenas foi abordada quando da comparação feita, sob a óptica social, entre as extremidades do mapa.

Vale destacar que o Mapa de Risco é um documento oficial, elaborado pela Defesa Civil Municipal, com apoio da Defesa Civil Nacional e do Serviço Geológico do Brasil. Não cabendo a nenhuma outra instituição declarar aumento ou diminuição da área afetada, senão aos técnicos desses órgãos capacitados.

Por fim, as instituições  esclarecem que monitoram a situação do entorno do Mapa quanto à evolução, ou não, do fenômeno de afundamento através da atuação do Comitê de Acompanhamento Técnico. Até o momento, não recebeu dos órgãos técnicos nenhuma atualização à versão 4 do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias. Tão logo seja comunicado de eventual alteração, as providências cabíveis serão imediatamente adotadas junto à Justiça Federal e à Braskem."