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TJ registra aumento nos pedidos de medidas protetivas em Alagoas
Em menos de dois meses, foram registrados mais de 700 pedidos.
De acordo com dados do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) foram solicitadas em Alagoas 729 medidas protetivas contra agressores e abusadores. No mesmo período do ano anterior foram realizados 490 pedidos, ou seja, neste ano houve um aumento de 239 pedidos.
"Eu sempre gosto de reforçar que é bem importante, sobretudo, crimes dessa natureza e que não há a aceitação da mulher por parte do agressor, é importante essa denúncia. ?? óbvio que uma medida protetiva de urgência não pode salvaguardar 100% a integridade física dessa mulher, mas ela pode ajudar a manter essa integridade, como, por exemplo, a restrição do porte de arma desse agressor. Por isso, é importante explicar para a sociedade a importância do registro dessa ocorrência", frisou a delegada Ana Luiza Nogueira, coordenadora das Delegacias Especializadas da Mulher, sobre a importância do registro da vítima, mesmo que não haja agressão física.
Neste domingo (25), Valkíria de Brito Cavalcanti, foi assassinada a tiros por seu ex-companheiro enquanto trabalhava como gerente na Casa Léa, loja de cosméticos em um shopping em Maceió. Edvaldo Bemvindo da Silva, guarda municipal, foi o autor do crime, que logo após cometer o assassinato tirou a própria vida. O homem não aceitava o fim do relacionamento, Valkíria não havia denunciado Edvaldo.
Como denunciar casos de violência
As denúncias podem ser realizadas de forma presencial em alguma Delegacia da Mulher, nos municípios que a possuem, ou qualquer outra delegacia. Além disso, também podem ser realizadas por ligação ou canais digitais.
Existem duas Delegacias da Mulher em Maceió e uma em Arapiraca. Alguns aplicativos foram desenvolvidos para ajudar as mulheres vítimas de violência.
Aplicativo Fica Bem ??? Desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), as vítimas de violência sexual podem denunciar os casos sem sair de casa. Por enquanto só roda no sistema operacional Android.
Aplicativo Salve Maria - Lançado pela Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh) em parceria com a Agência de Tecnologia da Informação (ATI) do Piauí. No aplicativo há um botão do pânico, para ser acionado em caso de emergência, além da opção de enviar denúncias, que podem ser anônimas, sobre agressões (físicas, morais ou psicológicas), com detalhamento de informações, fotos e vídeos.
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