Neste ano, em um período menor que três meses, já foram registrados mais casos que em todo o ano passado. Em 2024, foram 1,68 milhão de casos prováveis de dengue e, em 2023, 1,66 milhão, conforme os dados divulgados pelo Ministério da Saúde no Painel de Monitoramento de Arboviroses.

Foram registradas 513 mortes este ano, já no ano anterior 1094, o que significa que 2024 não supera 2023 nesse número. Entretanto, 903 óbitos ainda estão sob investigação, ou seja, a letalidade da dengue neste ano pode aumentar se os casos de óbito forem confirmados que foram causados pela dengue.

Se comparados os casos prováveis do mesmo período desse ano e do ano anterior, houve um aumento de cinco vezes mais casos. Em 2024, houve mais casos prováveis em mulheres, totalizando 55,5%.

O Distrito Federal (5.044 casos por 100 mil habitantes), Minas Gerais (2.809 por 100 mil) e Espírito Santo (1.730 por 100 mil) são as unidades da federação com maiores índices de incidência. Já os estados Maranhão (44 por 100 mil), Pernambuco (85 por 100 mil) e Piauí (87 por 100 mil) possuem os menores índices.

Vacinação

As doses da vacina contra a dengue serão distribuídas pelo Sistema ??nico de Saúde (SUS), o Brasil será o primeiro país do mundo a oferecer a vacina no sistema público. Segundo o Ministério da Saúde, a previsão é de que 3,2 milhões de pessoas sejam imunizadas ao longo de 2024. ????? o momento de estarmos juntos, o Brasil unido pela dengue???, enfatizou a Ministra da Saúde Nísia Trindade.

A vacinação irá priorizar crianças e adolescentes na faixa de 10 a 14 anos. Depois dos idosos, essa faixa etária representa o maior número de hospitalizações devido à dengue. Pela ausência de estudos clínicos, pessoas com mais de 60 anos não possuem indicação para receber o imunizante.