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Homem que matou ex de companheira é condenado a 29 anos de prisão
Crime teria sido motivado por ciúmes; fato ocorreu em 2020, no bairro do Jacintinho em Maceió
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A Justiça de Alagoas condenou o réu Michel Antunes Rodrigues a 29 anos e nove meses de prisão, por homicídio qualificado, em regime fechado. A sustentação da acusação foi pelas qualificadoras de motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, Cícero Carlos da Silva, ex-namorado da jovem com quem o atirador se relacionava.
De acordo com os autos, no dia 15 de março de 2021, por volta das 2h, a vítima bebia com amigos em uma lanchonete que fica à Rua Augusta, no bairro do Jacintinho, em Maceió, quando sua ex-namorada, à época namorada do assassino, apareceu tentando reaproximação.
Poucos minutos após, Michel Antunes chegou ao local em um veículo Ford Ranger e avistando-a mandou que entrasse para ir embora com ele, o que foi recusado. Então ele desceu e iniciou uma discussão com a namorada. Quando percebeu a presença da vítima, indagou se era o seu ex-namorado e a moça silenciou, então o acusado dirigiu-se a Cícero Carlos e perguntou se ele era o ex dela.
A reação da vítima foi a de levantar os dois braços e pedir calma, demonstrando não querer discussão. Mas em resposta recebeu sete tiros. Após os disparos o casal entrou no carro e fugiu.
Foram mais de 12 horas entre debates e oitivas de testemunhas para que o Conselho de Sentença votasse deliberando pela manutenção da prisão do assassino. A promotora de Justiça Adilza Freitas, que por todo tempo teve postura firme, fala da dor da família e sobre a promoção de Justiça em defesa da vida, em mais um julgamento.
“Quando matam um filho, acabam também com os pais, a mãe disse em plenário que perdeu o maior tesouro da vida dela. Não teve mais saúde”, enfatiza.
Durante o tempo para a fala do MP, a promotora de Justiça Adilza Freitas apresentou como prova o laudo de confronto balístico confirmando que os projéteis retirados do cadáver da vítima e os estojos recolhidos no local do crime foram deflagrados da arma que foi apreendida com o réu meses após a execução de Cícero Carlos. Além disso, a representante do Ministério Público mencionou o histórico criminoso do réu que já havia sido preso por outros crimes, em uma das vezes portando a mesma pistola.
“A vítima foi surpreendida por uma descarga de tiros, um crime que revelou a ação fria do acusado simplesmente por ciúmes do ex-namorado da cidadã com quem estava se relacionando naquele momento e, ele, apenas pediu calma. O Laudo de comparação balística apontou com precisão a autoria”, frisa Adilza Freitas.
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