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Desembargador e governador discutem ampliação do atendimento a populações vulneráveis em Alagoas

Propostas incluem a criação de um CISP especializado, uma nova delegacia em Arapiraca e o aumento do efetivo da Patrulha dos Vulneráveis

Reunião foi realizada no Palácio República dos Palmares - Fotos: Adeildo Lobo

O desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), se reuniu nesta quarta-feira (24/7) com o governador Paulo Dantas para discutir medidas voltadas à ampliação do atendimento às populações vulneráveis no estado. Entre as propostas apresentadas estão a criação de um Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) especializado, uma delegacia em Arapiraca e o aumento do efetivo da Patrulha dos Vulneráveis.

Atualmente, Alagoas conta com a 14ª Vara Criminal da Capital - Crime Contra Menor, Idoso, Deficiente e Vulnerável, além da Delegacia Especial dos Crimes contra Vulneráveis Yalorixá Tia Marcelina. O desembargador destacou a necessidade de fortalecer esses serviços, especialmente após a transformação da Patrulha Maria da Penha em Patrulha dos Vulneráveis.

"Para sair do papel da lei para a realidade, é preciso aumentar o contingente. E não tem jeito, se assume mais responsabilidades, tem que ter mais gente trabalhando", afirmou Tutmés Airan.

A criação de um CISP especializado visa reunir, em um único espaço, a Delegacia Vulneráveis Yalorixá Tia Marcelina e a Patrulha dos Vulneráveis. "A terceira ideia foi criar uma Delegacia dos Vulneráveis em Arapiraca para dar conta da demanda do interior", acrescentou o desembargador.

O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Gustavo Xavier, sugeriu que o CISP, tipo 2, atenderia melhor as demandas, com trabalho conjunto da Polícia Civil e da Polícia Militar. "Será um complexo realmente para proteger pessoas que, por séculos, vivenciaram momentos de muita violação de direitos, muitas vezes por parte da própria Segurança Pública", explicou.

Gustavo Xavier também mencionou a possibilidade de criar uma coordenação estadual para atender casos envolvendo populações vulneráveis, com um coordenador responsável por fiscalizar investigações em todo o estado. "A título de exemplo, se houve um crime contra um indígena no município de Palmeira dos Índios, esse coordenador estará diariamente fiscalizando essa investigação", detalhou.

*Com TJAL