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Jovem expõe no Tik Tok caso de racismo sofrido pelo irmão em escola particular de Maceió

A vítima precisou ser transferida da instituição de ensino

Relato - Fotos: Reprodução/Montagem O Alagoano

Uma garota expôs o racismo e a perseguição que o irmão, um adolescente de 14 anos, vem sofrendo por alunos de uma escola particular em Maceió, Capital alagoana. Conforme a jovem, as ofensas começaram no colégio no qual o menino estudou a vida toda, e mesmo após ser transferido de escola a perseguição continuou.

No vídeo, ela fala que até mesmo professores escutaram as ofensas, mas que nenhuma atitude foi tomada diante disso e o garoto ainda foi instruído a não externar a situação. Ela e sua família perceberam que a vítima sempre chegava da escola cabisbaixo e pedia para sair da instituição de ensino.

“O apelido mais leve foi macaco. Foram inúmeras idas à coordenação porque já tinha acontecido de professores escutarem, mas nenhuma ação foi tomada. Em uma dessas idas, meu irmão teve que assinar um termo de responsabilidade para ficar calado e foi induzido a não externar a situação”.

O menino foi transferido de escola após conversar com o dono da instituição e com o pai de um dos agressores. Apesar de no começo parecer estar tudo bem, o assédio continuou.

“Nos dois primeiros dias na nova escola, foi tudo certo. Até os racistas entraram em contato com o pessoal da escola, falaram que ele saiu por bullying, porque não tinha moral. Não citaram o fato de terem sido racistas. Agora, meu irmão está sofrendo e não tem amigo algum, sofrendo com apelidos racistas e gestos racistas pelas costas”, disse a jovem.

Ela ainda continua: “Se eles acham que vão expor meu irmão dessa forma, sem ter consequências, eles estão completamente enganados. Se Deus quiser, esse vídeo vai chegar ao máximo de pessoas possíveis e expor eles da forma que meu irmão foi exposto”.

O vídeo já acumula mais de dois milhões de visualizações e quinhentas e quarenta e sete mil curtidas. A publicação chegou até outros estados, como São Paulo e Piauí.