Na manhã desta quarta-feira (7/8), o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), através do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), deflagrou a “Operação Saccharum” nas cidades de Maceió, Pilar e Arapiraca. Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, contra pessoas físicas e empresas.

A investigação visa desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes tributárias envolvendo postos de combustíveis. De acordo com o Gaesf, a quadrilha é composta por empresários, contadores, advogados, “laranjas” e testa-de-ferro, utilizados pelos líderes na composição dos quadros societários das empresas envolvidas.

Durante a operação, os mandados de busca e apreensão foram executados em postos de combustíveis, escritórios de contabilidade e advocacia, além de uma empresa de eventos e produções. A ação também incluiu medidas cautelares em residências de alguns membros do núcleo criminoso.

Prejuízo aos cofres públicos

As investigações, que duraram oito meses, revelaram que a organização criminosa sonegou pelo menos R$ 11.093.270,00 dos cofres públicos. Os integrantes da quadrilha são acusados de sonegação fiscal, falsidade ideológica e crimes contra as relações de consumo.

Bloqueio de bens

A 17ª Vara Criminal da Capital, atendendo a um pedido do Gaesf, bloqueou imóveis, veículos, contas-correntes e outros bens em nome dos envolvidos na organização criminosa.

Saccharum

A operação foi batizada como “Saccharum” em referência ao nome científico da cana-de-açúcar, principal matéria-prima do álcool, componente do combustível. A escolha do nome simboliza a fraude contra o fisco alagoano, comparando a produção de combustível com a produção de fraudes.