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Alagoas registra queda nas mortes de adolescentes por intervenção policial

Estudo do UNICEF e FBSP mostra redução de 84,2% em três anos e destaca o Estado com uma das menores taxas de letalidade policial do Brasil

Alagoas registra queda nas mortes de adolescentes por intervenção policial - Fotos: Assessoria

As mortes decorrentes de intervenção policial envolvendo adolescentes em Alagoas apresentaram uma redução de 84,2% nos últimos três anos, conforme aponta o estudo “Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil”, divulgado na última terça-feira (13/8) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O relatório, elaborado com base em dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação, mostra que as mortes na faixa etária de 10 a 19 anos caíram de 19 para 3 entre 2021 e 2023. Em 2023, o número de mortes decorrentes de intervenção policial no Estado foi de três, marcando uma redução de 40% em comparação com 2022, quando foram registradas cinco mortes.

Em termos de taxa de letalidade, Alagoas apresentou 0,6 mortes por 100 mil habitantes no ano passado, uma das menores taxas do país, ao lado de Minas Gerais e Piauí. O Distrito Federal teve a menor taxa com 0,3 mortes por 100 mil habitantes, seguido por Roraima com 0,4.

O estudo também revelou que o estado tem a menor proporção de letalidade policial em relação às demais mortes violentas no Brasil, com um índice de 2,1%. Sergipe lidera com a maior taxa, registrando 36,9%, o que é 34,8 pontos percentuais acima do índice de Alagoas.

Além da queda nas mortes decorrentes de intervenção policial, o estudo indica uma redução geral de 35,1% nas mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes em Alagoas entre 2021 e 2023, com o número de casos diminuindo de 219 para 142.

No Brasil, as mortes violentas intencionais, que incluem homicídio doloso, feminicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenção policial, aumentaram 2,9% no mesmo período, passando de 4.803 em 2021 para 4.944 em 2023. No total, foram registradas 15.101 mortes de crianças e adolescentes no país durante este período.

*Com informações da Assessoria