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Mulher denuncia suposta intimidação durante visita de campanha em Pilar

Moradora relatou que uma mulher afirmou que ela perderia benefícios sociais se não votasse em candidata à prefeita

Cidade de Pilar - Fotos: Reprodução

Nesta quarta-feira (11/9), uma mulher procurou o 23º Distrito Policial de Pilar para denunciar um caso de suposta coação eleitoral ocorrido no bairro Padre Hernesto. Conforme relatado no boletim de ocorrência, a mulher alegou ter sido intimidada por duas mulheres durante uma visita de campanha em sua residência.

Segundo a moradora, por volta das 16h desta terça-feira (10), estava em casa, preparando o berço para o nascimento do filho, quando foi abordada por duas mulheres. Uma delas, identificada como Regina Camelo, estava vestida com uma camisa rosa e carregava cartazes da candidata à prefeita Fátima Rezende.

Conta no documento que Regina se apresentou como funcionária da prefeitura e afirmou trabalhar para a candidata, apesar de ser prima do candidato a prefeito Douglas Barros. Durante a conversa, questionou a denunciante sobre sua intenção de voto. A moradora indicou apoio ao candidato Douglas e mencionou que seu imóvel exibia adesivos de apoio a ele.

A mulher também perguntou se havia alguma reclamação sobre Fátima e se havia necessidades na cidade, ao que a proprietária do imóvel respondeu que a falta de trabalho era o principal problema. Regina, então, questionou sobre os benefícios sociais recebidos, sendo informada de que a moradora recebia o Bolsa Família e o Viva Bem.

Ao ser informada sobre os benefícios, Regina afirmou que a denunciante poderia perdê-los se não votasse em Fátima Rezende. A moradora esclareceu que, apesar de poder perder o Viva Bem, que é um benefício municipal, não perderia o Bolsa Família, que é pago pelo Governo Federal.

A conversa deixou a denunciante angustiada, pois esses benefícios são essenciais para sua sobrevivência. Após a conversa, pediu que Regina e sua acompanhante se retirassem da casa. Regina, ao sair, fez comentários desrespeitosos, chamando a proprietária do imóvel de "doida" e causando constrangimento público, que foi presenciado por uma vizinha.

A denúncia foi formalizada como crime de injúria — que ocorre quando uma pessoa profere a outra um xingamento, contendo algo desonroso ou ofensivo, atingindo a sua dignidade, honra e moral —, e o caso deve ser investigado para verificar a veracidade das alegações e possíveis implicações legais.