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Pastor evangélico é preso por mandar matar prefeito
Líder religioso teria ajudado a planejar o crime, que envolveu disputas políticas e familiares

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu um pastor evangélico suspeito de ser um dos mandantes do assassinato do prefeito Marcelo Oliveira (União Brasil) e de seu pai, Sandi Oliveira, na cidade de João Dias, em agosto deste ano. A prisão ocorreu na última sexta-feira (27/12) durante uma operação que cumpriu mandados de prisão e busca em municípios da região.
Segundo o delegado Alex Wagner, da Divisão de Polícia do Oeste, o pastor, de 27 anos, auxiliou no planejamento do crime, ajudando a identificar locais e momentos propícios para a execução. "Foi cogitado, inclusive, cometer durante o culto onde o Marcelo [prefeito] visitava, porque era o momento que ele estava vulnerável, exposto", explicou o delegado.
O assassinato teria sido motivado por disputas políticas e familiares envolvendo Marcelo e a vice-prefeita Damária Jácome (Republicanos), apontada como uma das mentoras do crime, junto com sua irmã, a vereadora Leidiane Jácome. Ambas são consideradas foragidas pela polícia.
Marcelo e Sandi foram mortos no dia 27 de agosto enquanto visitavam apoiadores na cidade. O prefeito foi alvejado por 11 disparos e morreu no hospital, enquanto seu pai morreu no local.
Marcelo e Damária foram eleitos juntos em 2020, mas conflitos entre suas famílias resultaram em uma cisão. O prefeito denunciou que foi coagido a renunciar ao cargo em 2021, mas conseguiu retomar a gestão após decisão judicial em 2022. A disputa escalou quando membros da família de Damária culparam Marcelo pela morte de dois irmãos em confronto policial e pela prisão de outro por tráfico de drogas.
Até agora, seis pessoas foram presas por envolvimento no crime, além do pastor. A polícia já identificou oito executores e cinco mandantes intelectuais, incluindo o líder religioso e as irmãs Jácome. Um laudo conclusivo sobre o caso deve ser apresentado em breve.
A defesa de Damária e Leidiane nega qualquer envolvimento das duas no crime e afirma que elas estão fora da cidade por questões de segurança. Enquanto isso, Fatinha de Marcelo, viúva do prefeito, foi eleita para governar João Dias em 2025.
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