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Governo de Alagoas inclui encenação da última execução por pena de morte no Calendário Turístico

Última execução por pena de morte no Brasil ocorreu em 28 de abril de 1855, na cidade de Pilar

Última execução por pena de morte no Brasil ocorreu em 28 de abril de 1855, na cidade de Pilar - Fotos: Divulgação

O Governo de Alagoas oficializou, por meio da Lei nº 9.416, de 29 de novembro de 2024, a inclusão da encenação da última execução por pena de morte no Brasil, ocorrida em 1876 no município de Pilar, no Calendário Turístico e de Eventos Oficiais do Estado. A partir de 2025, a data de 28 de abril será marcada por celebrações anuais, relembrando um marco importante da história do país.

O objetivo principal dessa promulgação é preservar a memória histórica e, ao mesmo tempo, impulsionar o turismo cultural em Alagoas. A encenação, além de ser um evento de reflexão sobre os valores históricos e jurídicos relacionados à pena de morte, também visa atrair visitantes ao estado. A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, enfatizou a importância da iniciativa, destacando o papel da história na promoção de debates sobre os valores éticos e jurídicos que impactaram o Brasil.

A última execução por pena de morte no Brasil aconteceu em Pilar, em 28 de abril de 1855, quando o escravo Francisco foi enforcado por matar um dos homens mais respeitados da cidade e sua esposa. Condenado por uma lei de 1835, Francisco tentou recorrer ao imperador Dom Pedro II para comutar a pena, mas foi negado.

A execução pública, que atraiu grande público, simbolizou o fim das penas de morte em tempos de paz. Com a Constituição de 1988, a pena de morte foi proibida, exceto para crimes militares em tempos de guerra. Pilar preserva esse episódio histórico com sua encenação anual, mantendo viva essa memória cultural.