O pai do atacante Neymar tem ampliado seus investimentos no estado de Alagoas, atraído pelas belezas naturais e pelo potencial turístico da região. Recentemente, ele adquiriu um lote em um condomínio de luxo em construção na cidade de Marechal Deodoro, na região metropolitana de Maceió. No entanto, os investimentos da família do craque têm sido alvo de críticas, especialmente por sua associação indireta com a polêmica PEC das Praias.

Segundo Alfredo Breda, CEO da Telesil Engenharia, que acompanhou a comitiva do pai de Neymar durante a visita ao estado, a família do jogador enxerga Alagoas como um mercado promissor.

— O pai de Neymar é um investidor criterioso. Ele busca projetos que ofereçam alta rentabilidade e viu no condomínio uma grande oportunidade. Além disso, ele está de olho no potencial de crescimento de Alagoas — explicou Breda.

O contato com o pai de Neymar foi intermediado pela Construtora Delman, parceira no projeto do Condomínio Lagoon, que inclui infraestrutura de luxo, como heliponto e marina.

— Apresentamos as potencialidades do empreendimento, e ele se interessou. O condomínio é um dos mais diferenciados da região, com um conceito único — destacou o CEO.

PEC das Praias e polêmicas ambientais

Apesar dos investimentos, a atuação da família de Neymar em Alagoas tem gerado controvérsias. A parceria com a DUE Incorporadora no projeto “Caribe Brasileiro”, que prevê a construção de imóveis de alto padrão em uma área de 100 quilômetros entre o litoral Sul de Pernambuco e o Norte de Alagoas, tem sido associada à PEC das Praias.

A proposta, que está em discussão no Congresso, pode permitir a privatização de áreas à beira-mar atualmente pertencentes à União. Ambientalistas criticam a medida, argumentando que ela pode comprometer o acesso público às praias e causar impactos ambientais irreversíveis.

Em nota publicada nas redes sociais, Neymar defendeu seus projetos, afirmando que eles seguem rigorosamente as normas ambientais e não têm relação direta com a PEC 03/2022.

— Nossos empreendimentos cumprem todas as exigências ambientais e de licenciamento. Não há qualquer conexão entre nossa iniciativa privada e a PEC das Praias — declarou o atacante.

Ainda assim, a discussão sobre a PEC e seus possíveis impactos continua a gerar debate, especialmente em regiões como Alagoas, onde o turismo e a preservação ambiental são pilares econômicos fundamentais.

Com informações do Globoesporte.com