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Filha é condenada a 16 anos por envenenar e tentar matar a mãe em Maceió
Suzana Ferreira misturou veneno no açaí da mãe após desconfiança de que ela teria matado os netos

A Justiça de Alagoas condenou Suzana Ferreira da Silva, de 27 anos, a 16 anos e 4 meses de reclusão pela tentativa de homicídio contra sua mãe, Silvana Ferreira, ocorrido em abril de 2021, em Maceió. O crime foi considerado premeditado e qualificado por motivo torpe, já que Suzana envenenou o açaí que ofereceu à mãe, na intenção de matá-la. A ré, que confessou o crime durante o julgamento, recebeu uma condenação severa, após a atuação do Ministério Público de Alagoas (MPAL), que desmantelou qualquer tentativa de arrependimento demonstrada por Suzana.
O promotor de Justiça, Antônio Vilas Boas, destacou durante a sentença que Suzana foi uma pessoa fria e calculista, que planejou a morte da mãe. De acordo com o MPAL, a ré sabia que Silvana tinha o costume de tomar o lanche e aproveitou isso para envenená-la, pesquisando na internet como cometer o crime sem deixar vestígios. O promotor também enfatizou a perversidade da ré, que não apenas tentou matar a mãe, mas ainda tentou denegrir a sua imagem para atenuar seu ato.
A família da vítima, profundamente marcada pelo ocorrido, também se manifestou durante o julgamento. O marido de Silvana, Manoel Pereira, revelou que não tem mais coragem de olhar para a filha e que, desde a morte do segundo filho, desconfiava de que Suzana estivesse envolvida em circunstâncias estranhas. A irmã de Silvana também se emocionou ao falar sobre o impacto do crime e a debilitada condição de sua irmã, que ficou com graves sequelas após o envenenamento.
Silvana, que antes era professora e muito querida pelos alunos, agora depende de cuidados constantes. Sua mãe, Dona Maria José, lamentou a situação de sua filha, afirmando que a amava profundamente e agora se vê cuidando da filha debilitada todos os dias, esperando que ela recupere a capacidade de falar.
O crime foi motivado por uma discussão entre mãe e filha, onde Silvana havia expressado suspeitas sobre a morte de dois netos e prometido denunciá-la à polícia caso as desconfianças se confirmassem. No dia do ocorrido, Suzana preparou o açaí envenenado e pediu à avó de Silvana que entregasse o lanche à mãe. Após consumir o açaí, Silvana começou a passar mal, vomitou e foi levada às pressas para a UPA.
A defensora Heloísa Silveira de dirigiu ao Conselho de Sentença apenas para explicar o papel da Defensoria Pública e afirmando que, neste caso, concordava com o posicionamento do Ministério Público e diante dos fatos , provas e da confissão, não teria como pedir absolvição da sua cliente.
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