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Amazonas confirma casos de metapneumovírus (HMPV); especialistas reforçam importância da prevenção

Vírus respiratório foi identificado em amostras laboratoriais no estado; Ministério da Saúde alerta para medidas de controle e vacinação contra doenças respiratórias

Metapneumovírus humano (HMPV) - Fotos: Getty Images

O Amazonas confirmou casos de metapneumovírus (HMPV), conforme boletim divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do estado (FVS). O vírus, que causa infecções nas vias respiratórias superiores e inferiores, foi identificado em amostras laboratoriais analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM). Apesar de o risco de uma pandemia ser considerado baixo, o Ministério da Saúde reforça a importância de medidas preventivas e de controle de infecções respiratórias.

Nas últimas três semanas, os vírus respiratórios mais detectados no Amazonas foram: coronavírus SARS-CoV-2 (63,9%), rinovírus (30,3%), influenza B (4,1%), adenovírus (3,8%), influenza A (1,5%), metapneumovírus (1%), parainfluenza (0,3%), bocavírus (0,3%) e vírus sincicial respiratório (0,3%).

Marcelo Gomes, coordenador-geral de Vigilância da Covid-19, Influenza e outros Vírus Respiratórios do Ministério da Saúde, destacou que, embora não haja alerta internacional da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil mantém vigilância ativa e troca de informações com autoridades sanitárias globais, incluindo a China, onde o HMPV tem causado surtos.

Prevenção e vacinação

Gomes enfatizou a importância da vacinação contra covid-19 e influenza como forma eficaz de prevenir casos graves, hospitalizações e óbitos. “A imunização é essencial, especialmente para grupos prioritários como idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades. Além disso, o uso de máscaras por pessoas com sintomas gripais ajuda a reduzir a transmissão de todos os vírus respiratórios, incluindo o HMPV”, explicou.

Sobre o HMPV

Identificado pela primeira vez no Brasil em 2004, o metapneumovírus é um vírus respiratório conhecido mundialmente e comum em casos de síndrome gripal leve. No entanto, pode evoluir para síndrome respiratória aguda grave (SRAG), necessitando de internação. A vigilância do HMPV é realizada por meio do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep), com monitoramento contínuo por Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHEs).

Dados do boletim

De 1º de janeiro a 22 de fevereiro de 2025, foram registrados 7 óbitos por vírus respiratórios no Amazonas: 5 por Covid-19, 1 por parainfluenza e 1 por rinovírus. O número representa uma queda de 76,7% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 30 mortes por SRAG.

Nas últimas três semanas, as faixas etárias mais afetadas foram: pessoas com 60 anos ou mais (28,5%), menores de 1 ano (25,1%), crianças de 1 a 4 anos (15,1%), adultos de 20 a 39 anos (11,7%), de 40 a 59 anos (10,1%), de 5 a 9 anos (6,1%) e de 10 a 19 anos (3,4%).

Com informações do D24am