» Polícia
Mãe suspeita de matar filha no interior de Alagoas permanecerá presa e em cela especial
Decisão judicial mantém prisão preventiva de Eduarda Silva, enquanto investigação segue sobre a morte da bebê

A Justiça de Alagoas decidiu manter a prisão de Eduarda Silva de Oliveira, 22 anos, mãe da recém-nascida Ana Beatriz, encontrada morta nesta terça-feira (15/4) dentro de um armário na casa da família, na cidade Novo Lino, na Zona da Mata alagoana. A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (16), no Fórum do Barro Duro, em Maceió.
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Eduarda foi conduzida à audiência acompanhada pelos advogados José Weliton e Josenildo Menezes. O Juízo da Audiência de Custódia validou o mandado de prisão preventiva, considerando os indícios e a gravidade do caso, que segue em investigação pela Polícia Civil.
A defesa de Eduarda informou que a jovem será submetida, nas próximas 24 horas, a uma avaliação psicossocial com psicólogos e psiquiatras. O exame pretende identificar possíveis transtornos mentais, comportamentais ou cognitivos que possam ter influenciado sua conduta. “Com a juntada desses documentos nos autos do processo, a defesa vai tomar as providências cabíveis”, afirmou o advogado Josenildo.
Como medida de segurança, a Justiça autorizou que Eduarda seja encaminhada para uma cela especial no Presídio Feminino Santa Luzia, em Maceió, onde ficará isolada das demais detentas. A defesa também solicitou que ela seja acompanhada por profissionais da saúde dentro da unidade prisional, argumentando que ela se encontra visivelmente abalada.
A Secretaria de Segurança Pública afirmou que ainda investiga a possibilidade de participação de outras pessoas na ocultação do cadáver. Isso porque, segundo a PC, durante as buscas realizadas anteriormente na casa da família, o corpo não estava no local onde foi encontrado, o que levanta a suspeita de que o cadáver tenha sido colocado ali posteriormente, durante um momento em que a residência estava vazia.
O corpo da recém-nascida foi recolhido e encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Maceió, onde passou por exames periciais que ajudarão a esclarecer as circunstâncias da morte. Eduarda deverá responder pelos crimes de infanticídio ou homicídio, além de ocultação de cadáver. A tipificação exata dependerá do resultado da investigação policial e dos exames médicos e psicológicos.
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