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Justiça de Alagoas nega habeas corpus a influenciador João Neto, acusado de agredir ex-companheira

Advogado, preso em flagrante, alega que vítima se feriu em queda; polícia contesta versão. Caso gera repercussão nas redes e investigação ética na OAB.

Vídeo mostra João Neto, a mulher e o sangue no corredor - Fotos: Reprodução

A Justiça de Alagoas rejeitou, nesta sexta-feira (18), o pedido de habeas corpus do advogado e influenciador digital João Francisco de Assis Neto, conhecido como João Neto. Ele está preso desde segunda-feira (14), acusado de agredir a ex-companheira em um apartamento no bairro Jatiúca, em Maceió. Na decisão, o magistrado destacou a "ilegitimidade do impetrante" para o recurso.


Flagrante e agressões

Segundo a Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit), moradores do prédio acionaram a polícia ao ouvir gritos de socorro. A vítima, com marcas de sangue visíveis em imagens de segurança, precisou de atendimento médico. João Neto foi localizado minutos depois, circulando de motocicleta próximo ao hospital onde ela estava.

Versão da defesa x Polícia

Em nota, a defesa do advogado afirmou que a vítima se feriu ao cair, enquanto ele tentava retirá-la do imóvel. Já a Oplit sustenta que as evidências, incluindo o vídeo que viralizou, corroboram a acusação de agressão física.

Fake PM e crise durante transferência

O influenciador, que se autointitula "ex-PM", foi expulso da Polícia Militar da Bahia durante o curso de formação, segundo a corporação. Na quinta-feira (18), ele passou mal ao ser transferido para o presídio comum e foi atendido em uma UPA de Maceió.

Repercussão ética

A OAB/AL abriu processo no Tribunal de Ética e notificou a seccional da Bahia, onde João Neto tem registro, para avaliar possíveis sanções. O caso, que mistura violência doméstica, fake news e influência digital, segue sob investigação.