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Caso Kleber Malaquias: agente da PCAL acusado de matar ativista político é preso no Mato Grosso

As investigações sobre o caso começaram a partir de informações fornecidas pelo MPAL, que compartilhou dados consistentes obtidos por meio de quebra de dados telemáticos

Kleber Malaquias - Fotos: Reprodução

O agente da Polícia Civil de Alagoas (PCAL), acusado de ser um dos envolvidos no homicídio do ativista político Kléber Malaquias, foi preso no último sábado (19/4) por uma tentativa de assassinato cometida no Mato Grosso (MT). Ele teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça do Estado, sob a acusação de participação em um crime ocorrido em setembro de 2024, quando teria prestado apoio logístico e financeiro para a execução da tentativa de homicídio.

As investigações sobre o caso começaram a partir de informações fornecidas pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), que compartilhou dados consistentes obtidos por meio de quebra de dados telemáticos. Tais provas, consideradas consistentes, foram adquiridas por meio da quebra de dados telemáticos, que são informações digitais geradas através da combinação de telecomunicações e informática. No caso em questão, elas envolveram conversas que relacionavam o réu com a tentativa de homicídio.

Em Alagoas, o agente da PCAL, de acordo com denúncia apresentada pela 3ª Promotoria de Justiça de Rio Largo, participou do homicídio duplamente qualificado, por impossibilidade de defesa da vítima e por ter sido o assassinato cometido mediante promessa de recompensa, que assassinou Kléber Malaquias, em 15 de julho de 2020, dentro do bar da Buchada, localizado na Avenida Teotônio Vilela, na Mata do Rolo, na cidade de Rio Largo. A vítima era conhecida por fazer diversas denúncias contra políticos e por fornecer informações ligadas a essas mesmas denúncias à polícia e ao MPAL.

Já em Mato Grosso, o policial foi formalmente acusado pelo Ministério Público local de envolvimento em uma tentativa de assassinato ocorrida em via pública, em setembro de 2024. Assim como no caso de Alagoas, o agente da PCAL teria fornecido apoio logístico e financeiro para a execução do crime e, por esse motivo, teve a prisão decretada. Posteriormente, no entanto, a medida foi suspensa por decisão liminar. Na semana passada, acompanhando o entendimento do Ministério Público mato-grossense, o Tribunal de Justiça daquele estado reformou a decisão e, por unanimidade, cassou a liminar, restabelecendo a ordem de prisão. O réu se apresentou voluntariamente e permanece custodiado na Central de Flagrantes, em Maceió.

Caso Kleber Malaquias

O agente da Polícia Civil foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Alagoas no ano passado por participação no homicídio de Kléber Malaquias, dando suporte logístico para que o assassinato pudesse ser executado. Para além disso, ele também está envolvido na fraude processual e outros crimes praticados em conjunto com um delegado da PCAL e outros réus do caso Malaquias, para tentar inocentar os demais acusados que cometeram o crime.