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Sindpol repudia afastamento de policiais civis em Alagoas e denuncia retaliação por mobilização

Sindicato emitiu nota na manhã deste sábado (17); categoria pede a revisão da carga horária de trabalho

Protesto fechou a frente da PGE e também a circulação na avenida - Fotos: Assessoria

O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) manifestou veemente repúdio à decisão do Conselho Estadual de Segurança Pública que determinou o afastamento temporário de oito agentes e a suspensão do porte de arma funcional. A medida, anunciada nesta semana, estaria diretamente relacionada à mobilização da categoria pela revisão da carga horária de trabalho - um pleito que se arrasta desde 2003, quando a jornada foi ampliada de 30 para 40 horas semanais sem os devidos ajustes remuneratórios.

Em nota oficial, o Sindpol destacou que os policiais afastados participaram de ato público realizado de forma totalmente pacífica e ordeira, do lado de fora das dependências do órgão estadual. "Em nenhum momento houve uso de força, exibição de armas ou qualquer tipo de ameaça", afirmou a entidade, ressaltando que os manifestantes mantiveram comportamento respeitoso tanto com servidores públicos quanto com colegas da Polícia Militar.

O sindicato classificou a decisão como uma "clara perseguição política" e uma tentativa de criminalizar o direito constitucional de livre manifestação. "Esta medida representa um ato antidemocrático por parte do governo estadual, que opta por retaliar profissionais dedicados - muitos pais de família - que diariamente arriscam suas vidas no combate à violência em nosso estado", declarou a entidade.

A atual mobilização tem raízes em uma mudança implementada há quase duas décadas. Desde 2003, os policiais civis alagoanos cumprem 40 horas semanais sem a devida majoração salarial correspondente - uma reivindicação que, segundo o Sindpol, nunca foi adequadamente discutida com a categoria. "Enquanto isso, nossos agentes seguem trabalhando em condições precárias e com remuneração aquém do merecido", complementou a nota.

O Sindpol anunciou que recorrerá a todas as instâncias jurídicas para reverter as punições e garantiu que a categoria permanecerá mobilizada. "Exigimos a imediata revogação dessas medidas arbitrárias. Lutar por direitos não é crime, e policial civil não é bandido - merece respeito e valorização", finalizou a entidade, em tom de protesto.

Confira a nota na íntegra: 

Sindpol manifesta repúdio à perseguição a policiais civis que participaram do ato na PGE


O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas - Sindpol expressa repúdio à decisão da Diretoria do Conselho Estadual de Segurança Pública, que determinou o afastamento temporário de oito policiais civis de suas funções e a suspensão da posse e porte de arma funcional, em decorrência da luta pela majoração da carga horária. A medida é uma clara retaliação à legítima mobilização da categoria.

A determinação do Conselho de Segurança é uma perseguição clara contra os novos policiais civis. Em nenhum momento, esses profissionais fizeram uso de força, exibiram armas ou praticaram qualquer tipo de ameaça durante a manifestação. Além disso, o ato público ocorreu do lado de fora do órgão estadual, com a participação dos policiais civis de forma ordeira, pacífica, responsável e respeitosa com os servidores públicos e com os colegas policiais militares.

A tentativa de criminalizar o direito constitucional de livre manifestação mostra a falta de diálogo com a categoria e uma atitude antidemocrática por parte do governo do Estado, que persegue policiais civis – profissionais dedicados e pais de família, que arriscam diariamente suas vidas para proteger o povo alagoano e combater a violência.

A categoria segue mobilizada em razão de uma injustiça cometida pelo Governo do Estado desde 2003, quando a jornada de trabalho foi aumentada de 30 para 40 horas semanais, sem devida compensação financeira.

O Sindpol exige a imediata revogação das medidas do Conselho de Segurança e reafirma que adotará todas as providências legais para defender os policiais civis injustiçados.

Lutar pelos direitos da categoria não é crime. Policial civil não é bandido e merece respeito e valorização!