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Secretaria alerta para risco de leptospirose durante enchentes em Alagoas

Contato com água de alagamentos pode transmitir doença grave; saiba como se proteger

A orientação para evitar a leptospirose é não se expor a água de enchentes, alagamentos e inundações - Fotos: Carla Cleto / Ascom Sesau

Com as chuvas intensas que atingem Alagoas desde sexta-feira (15) e devem continuar nesta semana, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reforça o alerta sobre os riscos da leptospirose. A doença, causada pela bactéria Leptospira, se espalha principalmente através da água contaminada por urina de roedores durante enchentes e alagamentos.

Como ocorre a transmissão?


- Roedores infectados urinam em bueiros e áreas com entulho
- Durante as chuvas, a água das enxurradas dissemina a bactéria
- O contato direto com a pele (especialmente se houver ferimentos) permite a entrada da bactéria no organismo

Medidas de prevenção:


✔️ Evitar ao máximo o contato com água de alagamentos

✔️ Usar botas e luvas de borracha quando for inevitável o contato

✔️ Manter ambientes limpos para evitar a proliferação de roedores

✔️ Vedar frestas em portas, janelas e canos

"A melhor prevenção é não ter contato com água contaminada. Se necessário, use equipamentos de proteção e mantenha o controle de roedores", alerta Waldineia Silva, superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau.

Sintomas e gravidade:


- Os sinais aparecem entre 1 e 30 dias após a infecção e incluem:
- Febre alta
- Dor muscular intensa (principalmente na panturrilha)
- Náuseas e vômitos
- Dor de cabeça e calafrios

Em casos graves, pode levar a insuficiência renal e hemorragia pulmonar, com risco de morte.

Segundo dados da Sesau, este ano, no período de janeiro a abril, foi registrado um caso, mas não houve óbito. Já no ano passado foram notificados 40 casos e seis óbitos. Os dados foram tabulados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), vinculados ao Ministério da Saúde (MS).