Uma jovem de 25 anos chamou a atenção ao levar um bebê reborn — boneco hiper-realista — para ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guanambi, no centro-sul da Bahia, na noite de domingo (18). De acordo com a prefeitura local, a mulher solicitou um transporte por aplicativo por volta das 23h, afirmando ao motorista que o bebê estava com "muita dor" e pedindo que ele dirigisse rápido até a unidade de saúde.

Ao chegar ao local, uma senhora que havia sido atendida anteriormente na UPA reconheceu a jovem e estranhou a cena. "Era uma criança bem realista, só percebi que era um boneco quando levantei o paninho do rosto. Conheço a família, são pessoas dignas, e sei que ela enfrenta problemas de depressão. Ela saiu de casa sem avisar ninguém", relatou a mulher, segundo informações divulgadas pela prefeitura.

Familiares da jovem explicaram que ela havia comprado o bebê reborn por R$ 2,8 mil na internet cerca de um mês antes do ocorrido. Eles confirmaram que a moça sofre de depressão e que estão buscando acompanhamento profissional para ela. O motorista do aplicativo também compartilhou sua experiência: "Só entendi a situação quando voltamos para a casa dela e fomos recebidos pelos pais e pelo irmão, que já estavam esperando na frente da residência e me explicaram tudo".

Bebês reborn são peças artesanais feitas para imitar recém-nascidos com alto grau de realismo. A técnica, conhecida como reborning, inclui pintura detalhada, aplicação manual de cabelos e até a reprodução de veias e dobrinhas de pele, utilizando materiais como vinil ou silicone de alta qualidade. A UPA de Guanambi, onde o caso ocorreu, atende em média 200 pessoas por dia.

As informações são do site Correio 24 Horas